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Eletrobrás diz que é preciso descobrir por que sistema de segurança falhou deixando país no escuro

R7

O presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz, disse que deveria ter ocorrido o "ilhamento" do problema que originou a falta de luz em 18 Estados do país na última terça-feira. Segundo ele, houve falha e é preciso investigar o motivo que levou o sistema de segurança a não ser ativado.

- Mas como isto não aconteceu, aí o problema se estendeu para as duas linhas de corrente contínua que ligam Itaipu a São Paulo. O que é preciso levantar é porque não entrou em operação o sistema chamado Erat que existe exatamente para levar ao ilhamento.

Ele explica que, com o problema meteorológico em Itaberá que levou à queda das três linhas de 750 quiloVolt (kV), perdeu-se a capacidade de transmitir metade da energia gerada por Itaipu.



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Queda na demanda bloqueou transmissão
O presidente da estatal que controla as empresas de energia do governo disse que não houve problema de falta de energia mas sim uma interrupção temporária nas linhas de transmissão. Para ele, o sistema elétrico está bem dimensionado e os investimentos foram feitos.

Muniz lembrou que, dentro do planejamento energético do país, várias novas usinas, principalmente hidroelétricas de grande capacidade de geração, estão em fase de construção ou de licitação e citou as usinas do Rio Madeira e de Belo Monte, no Pará. Esta última tem previsão de começar a operar em 2014 interligando as regiões Norte e Sul e, consequentemente, fortalecendo o sistema elétrico brasileiro.

- Com as obras que estão planejadas e sendo executadas, nós não temos dúvidas de que vamos atender ao aumento da demanda. O sistema não só está apto a atender ao crescimento, como a população pode ficar tranquila, porque acidentes como este dificilmente voltarão a se repetir.

O Ministério Público Federal abriu nesta quarta-feira (11) um procedimento para apurar as causas e os responsáveis pelo apagão da última terça-feira, que deixou 18 Estados brasileiros sem luz. A Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e o diretor jurídico da usina de Itaipu têm 72 horas para encaminhar toda a documentação produzida e recebida sobre a megapane que deixou sem luz os principais centros urbanos do Brasil.

Ao todo foram 18 Estados que ficaram sem luz por cerca de 6h. Governo atribui pane ao mau tempo.
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