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Lojas fecham na Rua 25 de Março por causa de protesto de camelôs

G1

Em plena temporada de compras de Natal, o maior centro de comércio popular do país fecha lojas no meio da tarde. Na Rua 25 de Março, pelo segundo dia seguido, o clima ficou tenso entre a Guarda Civil Metropolitana e camelôs que não têm licença para trabalhar.

Nesta sexta-feira (13), havia espaço sobrando na rua que costuma ser um formigueiro humano. “Está muito bagunçado, muito bagunçado, todo mundo andando com medo na rua”, disse uma compradora.

As famílias com criança desistem de bater perna com medo do que pode estar por vir. E um lado da rua, guardas-civis municipais. Do outro, camelôs, sem licença, vendendo mercadorias. E surge a fiscalização fazendo a varredura. Os ambula recolhem os produtos. Em um piscar de olhos, todos somem na multidão, uma cena que se repete dezenas de vezes por dia.

De repente, uma confusão acontece: dois ambulantes são abordados pela Guarda e os colegas se revoltam. Às 15h15 desta sexta, o clima ficou tenso depois de um guarda-civil ter soltado gás de pimenta; os camelôs ficam revoltados. O reforço da Guarda Civil é chamado. Os consumidores ficam acuados dentro das lojas. “Eu quero ir embora e não dá para ir embora”, lamenta uma lojista.

Os policiais enfileirados vão afastando os manifestantes que fizeram um apitaço. Os comerciantes fecharam as portas e deixaram de vender em uma das melhores épocas do ano. “Estou vindo de Macapá (AP). Estou assim, arrasada com tudo isso aqui. Quero comprar, como é que fica, né”, indagou a comerciante Wilma Santos.
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