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Alvaro Dias cobra do governo análise das causas do apagão e o atribui à incompetência administrativa

Da Redação - Agência Senado

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) cobrou do governo uma análise mais aprofundada das causas e consequências do apagão da última terça-feira (10), que deixou 18 estados sem energia elétrica por até quatro horas. Uma das causas prováveis, disse o senador, é a existência de recursos empenhados e não aplicados - dos R$ 52 bilhões previstos para o setor de infraestrutura nos últimos cinco anos, R$ 20 bilhões teriam sido devolvidos ao Tesouro, de acordo com reportagem publicada na sexta-feira (13) no jornal O Estado de S. Paulo. Para Alvaro Dias, esses dados indicam incompetência administrativa do governo.

- Estamos longe de alcançar o patamar de investimento compatível com as potencialidades econômicas do país. Sendo assim, se recursos estão provisionados e não são aplicados, estaremos implantando um apagão logístico de médio e de longo prazo - disse o senador, em discurso nesta segunda-feira (16).

Alvaro Dias questionou o fato de as autoridades governamentais, a começar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Casa Civil, Dilma Rousseff terem dado explicações contraditórias sobre o episódio, sem apresentarem uma "versão única".

O senador criticou o direcionamento dos investimentos para geradoras de energia nas Regiões Norte e Nordeste, e o abandono das Regiões Sul e Sudeste, onde a demanda é superior, o que resultou, disse, no apagão da última terça-feira.

Alvaro Dias afirmou que a oposição exerceu seu papel ao indagar de especialistas se não seria incompetência operacional o governo não ser capaz de restaurar a energia no país rapidamente, num prazo de dez a 15 minutos. Na opoinião do senador, "um país competente, com gestão competente" teria conseguido fazê-lo.

O parlamentar criticou também o preenchimento de cargos nas estatais por apadrinhamento político, e não por critérios técnicos, numa referência indireta à cessão ao PMDB da pasta de Minas e Energia. Ele também criticou o incentivo à aposentadoria antecipada em Furnas Centrais Elétricas S.A., o que, avalia, deixou a estatal desprovida de técnicos competentes e experientes
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