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Notícias / Carros & Motos

GM perde US$ 1,2 bilhão após sair da concordata

G1

A General Motors anuncia o primeiro balaço trimestral após a concordata. Segundo a montadora, foram registradas no período perdas de US$ 1,2 bilhões, prejuízo menor que o relatado nos meses anteriores e um sinal de que maior fabricante de carros dos Estados Unidos começa a reagir.

Na totalidade do terceiro trimestre (1º de julho a 30 de setembro) o volume de negócios foi de US$ 28 bilhões de dólares, US$ 4,9 bilhões a mais que na comparação como os números do segundo trimestre da 'Antiga GM'.

Otimista, a montadora também divulga planos para começar a pagar empréstimos de US$ 6,7 bilhões ao Tesouro norte-americano até o final do ano.


A GM não precisa fazer qualquer pagamento do empréstimo aos EUA antes do vencimento, em julho de 2015, mas o aumento de vendas de veículos, mais do que o estimado, vai permitir à empresa quitar a dívida muito antes que o esperado. A meta é iniciar os pagamentos de parcelas trimestrais de US$ 1 bilhão em 31 de dezembro.

De acordo com o presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, a matriz tem US$ 42 bilhões em caixa, por esse motivo, conseguirá pagar antecipadamente a dívida e ainda investir em novos produtos. Segundo ele, apesar de China e Brasil terem apresentado "excelentes resultados" em vendas, que foram contabilizados no balanço, a divisão brasileira não repassa os lucros para a matriz, pois reinveste na agressiva estratégia de lançamentos de novos produtos e ampliação das fábricas.

Sobre o mercado norte-americano, Ardila reforça que a estratégia de lançar o modelo elétrico Chevrolet Volt no fim de 2010 está mantida.Em relação à Opel, o executivo ressalta que a GM também tem condições de arcar com a reestruturação. "Até o fim desta semana pagaremos ao governo alemão 1 bilhão de euros para as ações da Opel serem liberadas", ressaltou nesta segunda-feira (16).

Ao mesmo tempo, a montadora também vai começar a pagar US$ 200 milhões por trimestre por um empréstimo de US$ 1,4 bilhão feito pelo Canadá.

Com o resultado, a montadora não tem sido forçada a consumir todos os US$ 16 bilhões em recursos de contribuintes dos EUA fornecidos quando a companhia deixou a concordata. De acordo com uma fonte ligada à empresa, a GM usou apenas cerca de US$ 3 bilhões de dólares desses recursos, que estão em uma conta restrita e não pode ser acessada sem a aprovação do Tesouro dos EUA.
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