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Notícias / Educação

Para compensar a falta do Enem, Fuvest vira fonte de bônus para rede pública

Folha de S.Paulo

Para compensar a não utilização do Enem, o Conselho de Graduação da USP criou no mês passado um bônus para alunos da rede pública baseado no desempenho na primeira fase da Fuvest.

Antes do adiamento do Enem era assim: o aluno de escola pública participante do Inclusp poderia conseguir um bônus de até 6% em suas notas na primeira e na segunda fase da Fuvest de acordo com o seu desempenho no Enem.

Quem acertasse as 180 questões do exame nacional ganharia os 6% de bônus. A bonificação mínima, de 0,08%, era destinada a alunos que acertassem 47 questões (26% da prova).

Mas o Enem foi adiado e a USP decidiu não usá-lo mais em seu vestibular. O bônus para alunos de rede pública passou então a ser dado conforme a pontuação na primeira fase da Fuvest. No entanto, isso prejudicaria esses candidatos, no entendimento do Conselho de Graduação da universidade. O motivo é que a primeira fase da Fuvest é mais difícil que o Enem -portanto, conseguir uma pontuação e um bônus alto ficaria mais complicado.

Para compensar essa perda, o conselho criou uma fórmula pela qual, para receber os 6% possíveis de bonificação, o candidato não precisa mais gabaritar a prova. Pelo novo cálculo, leva a bonificação integral quem acertar 72 (80%) das 90 questões da primeira fase. O bônus mínimo passou a ser de 1,8% para quem acertar 22 questões --ou 24% da prova. A lógica da bonificação progressiva foi mantida.

Além do bônus de até 6% da primeira fase, o Inclusp concede ainda acréscimo de 3% na nota de todos os candidatos oriundos de escola pública e até outros 3% a depender do desempenho no Pasusp, prova realizada no último dia 25.
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