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Chile revisará informação sobre suposta espionagem

EFE

A porta-voz do Palácio da Moeda, Carolina Tohá, disse nesta quinta-feira que o governo do Chile irá revisar toda a informação enviada pelo Peru sobre um suposto caso espionagem do Chile, mas insistiu em negar o uso desse tipo de prática por seu país.

"Os antecedentes serão revisados", disse Carolina, em uma entrevista à rádio Cooperativa, em alusão aos documentos enviados pelo Peru sobre atividades de espionagem supostamente realizadas pelo suboficial da Força Aérea do Peru (FAP) Víctor Ariza, acusado de ter entregado ao Chile segredos do Estado peruano.

O militar, especializado em trabalhos de inteligência, segundo fontes peruanas, foi detido no dia 30 de outubro, mas o caso foi tornado público duas semanas depois e piorou novamente as relações entre os dois países.

Os documentos que foram entregues na quarta-feira (18) à embaixada chilena em Lima são, segundo antecipou o chanceler do Peru, José Antonio García Belaúnde, "como 2.000 páginas", nas quais é detalhada a informação reunida pelo Peru através das declarações de Ariza e das investigações realizadas.

Enquanto Lima pediu a Santiago que investigue os fatos, o Governo chileno insistiu em se desvincular absolutamente, sob a premissa de que o "Chile não espiona", segundo suas autoridades. "Nossa posição e nossa tranquilidade sobre o caso foi claramente colocada no Chile e também ao governo peruano, no sentido de que o Chile é um país sério e não tem este tipo de práticas", disse.

Além disso, afirmou que "é muito importante que os governos sejam prudentes diante de denúncias deste tipo. Ninguém sabe a quantidade de temas e da seriedade que há por trás destes antecedentes. Por isso parece para nós que certas declarações foram precipitadas", em alusão às afirmativas do presidente peruano, Alan García sobre o Chile.
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