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Desnutrição crônica será praticamente nula no país em dez ou 15 anos, diz ministério

ABr

A coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, durante entrevista aponta avanços no acesso à alimentação do brasileiro
Brasília - A coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Deborah Malta, afirmou hoje (19), durante a divulgação do estudo Saúde Brasil 2008, que a desnutrição crônica não alcança mais relevância epidemiológica no país. Os índices brasileiros passaram de 13,4% em 1996 para 6,7% em 2006.

A estimativa é que, em dez ou 15 anos, o problema seja “praticamente nulo” entre a população brasileira – inclusive entre crianças menores de 5 anos, as mais atingidas. Os dados indicam que o acesso à alimentação tem contribuído para o aumento da estatura de crianças nesta faixa etária e que, entre 1974 e 2007, o índice de deficit de altura – principal indicador da desnutrição – caiu 75%.

Para Deborah, a melhora se deve ao aumento da renda das famílias, da cobertura de serviços de saúde e da escolaridade das mães. Ela lembrou ainda que tecnologias consideradas simples – como a de reidratação natural e o acesso à água tratada e ao saneamento – têm eficácia comprovada.

A coordenadora destacou, entretanto, que o sobrepeso e a obesidade têm ocupado o lugar da desnutrição entre os brasileiros – sobretudo entre os jovens. Outra preocupação, segundo ela, diz respeito aos altos índices de diabetes. Em 1990, os números eram de 16,3 para cada 100 mil habitantes e, em 2006, passaram para 24 em 2006
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