Após duras horas de reunião entre jogadores, comissão técnica e o gerente de futebol do Palmeiras, Toninho Cecílio, o volante Pierre concedeu entrevista coletiva na Academia de Futebol da Barra Funda e afirmou que o elenco foi contra a decisão da diretoria de dispensar o zagueiro Maurício e o atacante Obina.

"O grupo está unido. Queira ou não, criamos um laço de amizade com os dois. Eles são pessoas sensacionais. Tentamos conversar com a diretoria, mas não foi possível [reverter a decisão]", afirmou o jogador.

Obina e o zagueiro Maurício discutiram e trocaram agressões na derrota por 2 a 0 para o Grêmio, quarta-feira, em Porto Alegre, quando acabaram expulsos. Imediatamente após o jogo, a dupla foi afastada pela direção do clube.

O clima no CT palmeirense foi tenso nesta sexta. Carros de polícia foram chamados pela diretoria contra possíveis protestos. Mas só quatro palmeirenses, com faixas contra Diego Souza e Vágner Love, apareceram.

Poupado dos protestos, Pierre também que todos têm parcela de culpa pela queda do rendimento na reta final do Brasileiro.

"Todos nós temos nossa parcela de culpa. Se estamos nessa situação, foi porque não fomos competentes para colocar o Palmeiras no lugar que ele merece. Não é do meu caráter apontar A ou B. É o momento de dar as mãos e se ajudar. Temos de dar força para quem não está com a cabeça boa e tirar o Palmeiras dessa situação", explicou.

Com 59 pontos, o Palmeiras é o terceiro colocado do Campeonato Brasileiro. O São Paulo tem 62 pontos e o Flamengo vem em seguida, com 60, mas os dois times podem ampliar a vantagem sobre os palmeirenses no complemento da 36ª rodada, neste fim de semana.

O Palmeiras ainda joga com o Atlético-MG, em casa, no dia 29, e encerra sua participação no dia 6 de dezembro, contra o Botafogo, no Rio.