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Duas maiores torcidas palmeirenses desistem da equipe

Folha de S. Paulo

Muitos seguranças dentro e fora do CT e duas viaturas da polícia militar. O Palmeiras armou um forte aparato para se proteger da fúria da torcida. Só ficou faltando o protesto.

Só quatro torcedores foram ontem pela manhã ao local do treino, mas o deixaram rapidamente.

Enquanto os PMs permaneciam a postos ao lado das viaturas, os seguranças do clube circulavam por todos os cantos do CT.

Com rádios nas mãos e caras amarradas, alguns rondavam os campos do local. Outros permaneceram próximos do vestiário à espera dos jogadores, que estavam em reunião.

"O momento não é bom. Houve precaução da diretoria quanto à segurança. É preciso entender o momento do torcedor, que vem nos apoiando o tempo todo", disse o gerente de futebol, Toninho Cecílio.

O temor começou quinta-feira, quando o Palmeiras fugiu de ônibus pela pista do aeroporto de Congonhas para não ter de enfrentar cerca de 20 membros de uma organizada.

A paz de ontem, no entanto, não foi por acaso.

As duas maiores facções palmeirenses desistiram da equipe. Até o começo da crise, as reclamações se limitavam às numeradas do Parque Antarctica.

Quinta-feira, a TUP esperava os jogadores no aeroporto com sacos de pipoca, que acabaram comidas ou jogadas pelo chão do saguão de desembarque.

A Mancha Alviverde, de quem se esperava protestos mais veementes, não vai fazer nada. "Os jogadores só querem saber de ir para a noite e pegar mulher. Nós também", diz André Guerra, presidente da facção. "Eles não querem saber do time, nós também não."
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