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Clint Eastwood agradece à França depois de prêmio em Cannes

Reuters

Clint Eastwood prestou uma homenagem ao cinema francês depois que o festival de cinema de Cannes deu a ele um prêmio pelo conjunto da obra. O ator e diretor, uma lenda de Hollywood, lançou seu filme mais recente aos 78 anos.

"Os cineastas franceses neste país sempre me apoiaram ao longo da minha carreira", disse ele a repórteres depois de um cerimônia especial em um restaurante fino perto da avenida Champs-Elysées. "Sou muito sortudo por ter conhecido todos vocês."

O maior festival de cinema do mundo deu uma palma de ouro especial para Eastwood, cujo filme "A Troca", com Angelina Jolie no elenco, foi exibido em Cannes no ano passado.

"Com este gesto altamente simbólico, o festival está retribuindo o entusiasmo unânime que tanto o público quanto a crítica nutre por vocês", disse Jacob. "Às vezes acontece de a pessoa ser um excelente artista, mas um ególatra desvairado. Não é o caso de vocês."

A França tem uma relação de amor e ódio com Hollywood. Mas Eastwood é reverenciado por seus papéis de pistoleiro nos filmes de faroeste dos anos 1960, pelo papel do detetive Dirty Harry e por personagens mais simpáticos, como o atirador arrependido de "Os imperdoáveis".

Em Paris para divulgar seu novo filme, "Gran Torino", no qual interpreta um veterano de guerra reacionário que é forçado a conviver com dois vizinhos asiáticos, Eastwood não poupou elogios ao cinema francês.

"A França é onde o cinema começou, com os irmãos Lumiére", disse. "É o primeiro país onde o cinema se aproximou da arte."

"Gran Torino" tem recebido críticas boas na França, atraindo cerca de 18 mil espectadores na tarde de seu lançamento, na quarta-feira, de acordo com a distribuidora do filme, a Warner. Esse é o melhor desempenho de uma estréia de Eastwood na França.

O ator e diretor, cuja carreira deslanchou depois do papel de Rowdy Yates, na série de TV Rawhide, lembrou-se com afeição de sua primeira visita à capital francesa, para promover um de seus filmes mais culturados até hoje.

"Eu vim pela primeira vez a Paris no meio dos anos 1960, para o Rex Theatre, por causa de 'Por um punhado de dólares', um filme pequeno, de um diretor desconhecido, com um ator desconhecido", afirmou.

"Felizmente, deu certo e Sergio Leone virou um favorito aqui", disse.
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