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Notícias / Cultura

Mães aprendem artesanato no Pronto Socorro enquanto aguardam recuperação dos filhos

Da Redação/Com Assessoria

Boneca dorminhoca, cesta para sabonetes e cachorrinho de crochê. Esses são alguns dos produtos decorativos que mães e demais acompanhantes de crianças internadas no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSC) tem a oportunidade de criar. Este trabalho de criação e produção é desenvolvido há quatro anos pela pedagoga Nilda Maria de Amorim, que atua como recreadora na Brinquedoteca da instituição.

Nilda conta que tudo começou quando ela viu uma mãe que acompanhava um filho que estava internado no hospital. “Eu vi ela fazendo a boneca deitada e quis aprender. Depois que ela me ensinou tive a idéia de ampliar o trabalho. A partir daí comecei a desenvolver as oficinas, em que qualquer pessoa interessada pode participar”, revela.

Depois do aprendizado, conta a pedagoga, o trabalho consistiu apenas no aprimoramento. No início eram produzidos somente três tipos de produtos, hoje já são desenvolvidos 12 modelos de peças decorativas. “Eu estou sempre a procura de novidades para ensinar a elas’, diz Nilda.

A pedagoga conta que todo material é ela mesma quem fornece. São produtos como garrafas plásticas, linhas de crochê, tintas para tecidos e vidros, dentre outros. “Eu me sinto satisfeita com esse trabalho. Eu sei que por meio dele eu contribuo de alguma forma na recuperação da criança”, acredita.

Para a auxiliar de higienização Maria Cleonice Melquias Fernandes, de 28 anos, a oficina contribui bastante no processo de recuperação da filha, Estela Fernandes de Oliveira, 8 anos, internada na Clínica Pediátrica há uma semana, após um atropelamento. “É um trabalho relaxante, e isso faz com que a gente esqueça por algum momento do problema de saúde que o nosso filho está passando. Faz gente se sentir emocionalmente melhor para ajudá-lo a recuperar”, explica.

Além do fator emocional, destaca Adriana Martins da Silva, 22, que está há dois meses com o filho Lucas Matheus dos Santos, de quatro meses, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), há também o fator econômico. “Com esse trabalho consigo comprar fraldas e produtos de higiene para meu filho”, diz Adriana que vende as peças produzidas no hospital para os próprios servidores. “A minha mãe também ajuda a vender para os vizinhos lá do bairro”, frisa.


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