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Gabrielli nega irregularidades em obras de refinaria

Folha Online

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, negou nesta terça-feira (24) irregularidades na obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou suspeita de superfaturamento nas obras de terraplanagem do empreendimento. Para Gabrielli, no entanto, só existem “divergências técnicas”.

“De cada cem indícios de irregularidades apontadas por relatórios do TCU apenas cinco aparecem no final dentro do TCU mesmo, isso sem contar o que acontece fora. Estamos agora esclarecendo as divergências técnicas entre nós e os técnicos do TCU”, disse Gabrielli.

Ele destacou que as obras de terraplanagem representam menos de 10% do valor total da obra. Gabrielli enfatizou que os cálculos feitos pelo TCU comparam as obras da refinaria às de estradas, o que seria incorreto. Destacou ainda que o problema encontrado de solo mole na área não aconteceu por falha no projeto básico da obra.

De acordo com técnicos do TCU que estiveram em setembro na CPI da Petrobras, há indício de superfaturamento de R$ 49 milhões nas obras de terraplanagem, que tem custo estimado de R$ 420 milhões.

O presidente da Petrobras afirmou ainda que a parceria com a PDVSA, estatal venezuelana de petróleo, para a construção da refinaria está em fase de formalização. Segundo ele, a Petrobras ficará com 60% do empreendimento e a estatal venezuelana, com 40%. Para entrar no negócio, a PDVSA terá de desembolsar R$ 854 milhões relativos aos investimentos já feitos pela empresa brasileira.
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