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Nas alturas, Fluminense perde fôlego e embalo e é goleado pela LDU

Globo Esporte

Cansaço, altitude de 2.850 metros e um adversário inspirado. Estes foram os obstáculos do Fluminense nesta quarta-feira. O Tricolor voltou a jogar no estádio Casablanca, em Quito, no Equador, e foi obrigado a relembrar a decisão da Taça Libertadores do ano passado. Além de ter o mesmo adversário pela frente, a LDU, o Tricolor foi mais uma vez derrotado. Na primeira partida da final da Copa Sul-Americana, os equatorianos abrem enorme vantagem com a vitória por 5 a 1, de virada. Méndez foi o destaque com três gols. Salas fez o quarto, e De la Cruz o quinto. Marquinho marcou para os brasileiros. É o fim de uma invencibilidade de 13 jogos dos cariocas.

Na próxima quarta-feira, no Maracanã, será preciso vencer por cinco gols de vantagem para ficar com a taça ou por quatro para levar aos pênaltis. Vale lembrar que, na final, o gol marcado fora de casa não tem influência na definição do campeão. Antes, porém, o time de Cuca terá uma nova decisão pelo Campeonato Brasileiro. No domingo, o adversário será o Vitória, às 17h (de Brasília), também no Rio. Hora de voltar à luta para fugir da zona do rebaixamento.

Pense rápido! Gol do Fluminense. Foi mais ou menos o que aconteceu com quem estava no estádio Casablanca. Bastou a bola rolar para a decisão, e o time brasileiro abriu o placar. Aos 20 segundos, uma jogada praticamente perdida se transformou em vantagem para os brasileiros. Depois de uma tabela frustrada com Alan, Fred aproveitou a trapalhada da defesa da LDU, arriscou de fora da área, e o goleiro Domínguez deu rebote. Marquinho, quase como um raio, bateu firme de perna esquerda para deixar o Tricolor em vantagem. Primeiro gol dele com a camisa do Flu.

A partir deste momento começou a faltar ar ao time carioca. Não pelos 2.850 metros de altitude, mas pela pressão equatoriana na busca pelo empate. Recuada, a equipe de Cuca praticamente convidou o adversário para uma “festa” na grande área. Os cruzamentos foram o principal artifício. Aos nove, a defesa tricolor vacilou na cobrança de escanteio, deu liberdade para Espinola, e Rafael precisou fazer uma grande defesa. Novas tentativas como esta chegaram a assustar, mas a sorte ajudou.

A ponta direita era quase o quintal dos jogadores da Liga para os cruzamentos. Dalton, Gum, Cássio e Rafael se viravam na defesa, mas não contavam com a maladragem dos gandulas. Antes que a bola saísse do campo, outra era atirada para os jogadores equatorianos. E foi daí que surgiu o empate. Numa rápida cobrança de falta de Bieler, aos 20, Méndez, principal jogador da LDU até então, recebeu assistência com liberdade do lado direito de ataque e, antes de entrar na grande área, soltou a bomba. Rafael acabou traído pela velocidade do chute, saltou de um jeito estranho e não evitou o empate: 1 a 1.

Cuca queria o time mais agrupado e até conseguiu fazer com que jogadores de meio e ataque trocassem alguns passes. Fred e Alan, o garoto foi muito cobrado pelo treinador, chegaram a arriscar chutes de fora da área, mas sem direção. Aos 34, Méndez soltou a bomba com endereço certo, e Rafael fez linda defesa. O meia voltou a aprontar, dez minutos mais tarde, em cobrança de falta. Após acertar a barreira, o camisa 12 teve nova chance no rebote e guardou. Bola na gaveta, e 2 a 1 no placar. O golpe no fim do primeiro tempo tornou a missão tricolor mais difícil.
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