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Notícias / Economia

Obama nomeia Gary Locke para o Departamento do Comércio

AFP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou nesta quarta-feira o ex-governador do Estado de Washington, Gary Locke, 59, como secretário de Comércio, numa terceira tentativa de preencher o cargo.

Locke, o primeiro governador sino-americano do país --ele exerceu dois mandatos entre de 1997 e 2005--, é a terceira opção de Obama para o cargo, após as desistências do governador do Novo México, Bill Richardson, e do senador republicano Judd Gregg. 

Locke diz que o engajamento é o caminho para melhorar a questão dos direitos humanos na China e para lidar com a pirataria de propriedade intelectual. Ele nasceu em uma família de imigrantes e viveu em um conjunto habitacional até os seis anos. Ele se formou na universidade Yale --onde estudou com uma combinação de bolsa de estudo e ajuda financeira-- e na Escola de Direito da Universidade Boston.

Ele lista entre seus feitos como governador um pacote de estímulo fiscal que fez com que a Boeing Co. construísse seu novo avião 787 em Everett, norte de Seattle, e a expansão do orçamento para transportes e construção.

Desde o fim do seu mandato, ele tem trabalhado para a firma de direito Davis Wright Tremaine em questões que envolvem a China, energia e relações governamentais.

Tentativas
No último dia 12, Gregg renunciou à indicação. Em declaração divulgada por seu escritório, o senador por New Hampshire cita "conflitos insolúveis" em questões que incluem o pacote de estímulo econômico e o censo.

Obama primeiro nomeou ao cargo --que requer a confirmação do Senado-- o governador do Novo México, Bill Richardson. Ele renunciou à nomeação em janeiro, antes de Obama tomar posse, após a revelação de que há investigações sobre denúncias de corrupção na concessão de contratos no Novo México.

O Departamento do Comércio normalmente não está entre os cargos mais importantes de uma administração. O chefe do departamento supervisiona agências responsáveis pelo censo --feito a cada década-- por políticas relacionadas aos oceanos e por vários aspectos do comércio internacional, entre outras incumbências.

A perda de Gregg para o Comércio também destacou a dificuldade que o presidente tem tido em estreitar relações com os republicanos. Gregg teria sido um dos três republicanos que Obama teria em seu gabinete, o que enfatizaria sua mensagem de campanha de que ele busca uma mudança a favor do bipartidarismo.

Apesar desse e de outros esforços, Obama conseguiu muito pouco apoio republicano para sua principal prioridade legislativa, o plano de estímulo econômico --na Câmara ele foi aprovado apenas por democratas e, no Senado, contou com o apoio de três republicanos.
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