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Notícias / Economia

Feliz Natal tenta alternativas para contornar crise no setor madeireiro

Da Redação

O dito popular de que é na crise que surgem as grandes idéias, parece ter nascido na cidade de Feliz Natal. O município, localizado no Norte de Mato Grosso e com população de aproximadamente sete mil habitantes, está sofrendo com a crise do setor madeireiro. No entanto  busca em outros estados  modelos de desenvolvimento sustentável, procurando implantar empresas que aliem crescimento econômico com preservação ambiental.
 
O prefeito de Feliz Natal Antônio Debastiani esteve no gabinete do deputado Dilceu Dal’Bosco (DEM) para pedir apoio na instalação de uma indústria de brinquedos artesanais, que fará o aproveitamento de restos de madeiras, hoje incineradas. Segundo Debastiani, a prefeitura possui equipamentos de marcenaria e mão-de-obra qualificada para ensino, necessitando apenas de uma licença da Secretaria de Estado de Meio Ambiente – Sema, para utilização dos dejetos.

“Procuramos o secretário Luiz Henrique Daldegan que se simpatizou com a idéia e garantiu a liberação. Dependemos apenas da documentação para dar início ao projeto”, disse o prefeito. O deputado Dilceu Dal’Bosco afirmou que a fábrica tem por objetivo profissionalizar os jovens do município. Dilceu lembra que o consumo de entorpecentes deixou os grandes centros e passou a fazer parte do cotidiano das pequenas cidades como Feliz Natal. “A criminalidade em cidades do interior está diretamente ligada ao consumo de drogas. A maioria desses jovens é ociosa. Com a implantação de uma fábrica podemos até não reabilitar ninguém, mas estaremos impedindo que crianças com idade entre 16 e 18 anos caiam na criminalidade”, finalizou Dilceu.

Idéias inovadoras
  Antes de assumir a prefeitura ele deu início a uma viagem pelo país e encontrou, no município de Loanda, no Noroeste do Paraná, uma fábrica de torneiras, que aproveita a sucata produzida no Estado como matéria prima. O prefeito reuniu um grupo de empresários que se simpatizou com a idéia, e a fábrica, primeira na Região Centro Oeste, já está prestes a começar a sua produção, gerando emprego e renda no município.

“Além de ser ecologicamente correto, porque faremos o reaproveitamento da sucata produzida em Mato Grosso. A fábrica é economicamente viável, pois existe mercado amplo para consumo das nossas torneiras. Os investidores esperam retorno em médio prazo”, comemora Debastiane. A  empresa deve gerar 70 empregos diretos em sua instalação, e 200 no prazo de um ano

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