Imprimir

Notícias / Variedades

Pete Doherty pede perdão por cantar trecho do hino alemão ligado ao nazismo

G1

O cantor britânico Pete Doherty pediu perdão por cantar durante um show em Munique um trecho do hino nacional da Alemanha associado ao nazismo.

Durante sua atuação, Doherty entoou "Deutschland, Deutschland über alles" (Alemanha, Alemanha acima de tudo), início da primeira estrofe do hino alemão que ficou marcado por seu uso pelo Terceiro Reich para glorificar suas políticas.

Essa parte do hino, escrito em 1841 com a ideia de unificar a nação alemã, não é cantada desde o final da Segunda Guerra Mundial e a decisão do cantor de utilizá-la indignou o público que assistia a seu show no sábado e que também estava sendo transmitido por uma rádio alemã.

Adrian Hunter, porta-voz de Doherty, disse hoje que o cantor lamenta profundamente ter ofendido o público.

A atuação foi interrompida pouco depois da metade do show, quando o cantor incluiu a parte do hino em uma versão acústica da canção de Ray Charles "Hit the Road Jack".

Apesar das vaias do público, Doherty repetiu o trecho duas vezes e a rádio que transmitia o show cortou a transmissão imediatamente. O artista ainda cantou cinco músicas antes de os organizadores pedirem que ele deixasse o palco.

A declaração do representante, publicada no site dos organizadores do festival On3, diz que "Pete queria celebrar sua aparição se integrando com o público, algo que sempre tenta fazer onde vai. Não estava ciente da controvérsia sobre o hino nacional alemão e se desculpa por qualquer ofensa".

O representante lembra que "o próprio Pete tem ascendência judia e combateu o racismo e o fascismo com diferentes organizações, como a Love Music Hate Racism (Ame a Música, Odeie o Racismo). É algo em que está muito comprometido".

"Isto não foi algo proposital. Pete participa ativamente em organizações antifascistas e antirracistas e quis aproveitar esta oportunidade para encorajar pessoas de qualquer raça e credo a se unirem e a combaterem ativamente o ressurgimento da doutrina de ódio da extrema direita", acrescentou. EFE
Imprimir