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Obama examina déficit orçamentário dos EUA

G1

O presidente Barack Obama inicia o segundo mês de seu mandato analisando nesta segunda-feira o colossal déficit orçamentário norte-americano, uma semana depois de ter promulgado um gigantesco plano de relançamento da economia de 787 bilhões de dólares, crucial para o futuro de seu governo.

Obama apresentará a primeira versão do orçamento estatal na quinta-feira, depois de ter conseguido a aprovação de um gigantesco plano de reativação, de ter tomado medidas para reduzir a onda de desapropriações e de ter anunciado um plano de apoio aos bancos.

Na terça-feira, o presidente norte-americano pronunciará seu primeiro grande discurso diante das duas câmaras do Congresso reunidas.

Este discurso e a apresentação do orçamento para o ano fiscal 2010 mostrarão as sombrias perspectivas da economia norte-americana, que atravessa sua pior crise desde os anos 30.

Mas também será uma oportunidade para Obama oferecer mais detalhes sobre sua política de redução do déficit e sobre como pensa em cumprir suas grandes promessas de campanha, principalmente a extensão da assistência médica aos 46 milhões de norte-americanos que não possuem.

O orçamento de 2010, que terá uma projeção sobre os próximos dez anos, fixa como objetivo a redução pela metade da dívida pública até o final de seu mandato em 2013.

Obama herdou de seu antecessor, George W. Bush, um déficit vertiginoso, que o país não acumulava desde a Segunda Guerra Mundial. O gabinete de Orçamento do Congresso prevê uma dívida para o exercício 2008-2009 de 1,2 bilhão de dólares, o que representa 8,3% do Produto Interno Bruto do país.

Mas essas cifras eram válidas antes de Obama ter obtido a aprovação de um plano no valor de 787 bilhões de dólares para grandes obras públicas, reduções de impostos e medidas de proteção social.

Obama defendeu a necessidade desses gastos a curto prazo.

No entanto, a longo prazo seu governo fará todo o possível para controlar o déficit, afirmou o presidente em sua mensagem de rádio semanal de sábado passado.

O objetivo é reduzir a dívida pela metade, ou seja, 533 bilhões de dólares, até 2013 por meio do aumento dos impostos para as empresas e para os ricos e da redução dos gastos de guerra, a começar pelo Iraque, de onde Obama prometeu retirar as tropas norte-americanas.

Espera-se que Obama reafirme sua promessa de rigor durante uma "reunião sobre a responsabilidade orçamentária" que reúne nesta segunda-feira na Casa Branca dezenas especialistas, parlamentares e autoridades políticas.

Na terça-feira no Congresso, o presidente deverá analisar a reforma do sistema de saúde, o combate contra as mudanças climáticas e a política externa.

Sua vontade de reforma em meio ao maior consenso político possível sobre temas tão difíceis em tempos de crise alimenta certo ceticismo.

Obama conseguiu o apoio de alguns republicanos para seu plano de reativação, mas agora os líderes republicanos locais estão divididos sobre como usar os fundos.

Nesta segunda-feira de manhã Obama se dirigirá aos governadores, que desempenharão um papel importante para a aplicação do plano em seus respectivos estados. Obama terá a oportunidade de expressar novamente sua exigência de rigor para a utilização dos fundos públicos, assim como fez na semana passada diante dos prefeitos.

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