As irregularidades ocorridas na data do megaconcurso do Estado, que deveria ter sido realizado em 22 de novembro deste ano, ao menos serviram para dar um prazo extra a quem ainda não estava totalmente preparado e para reaquecer o mercado especializado nos concursos públicos.

Dona Altair Davi Fraga, proprietária da Casa dos Concursos, que trabalha há mais de 15 anos no ramo, conta que o adiamento do megacocurso para o ano que vem reaqueceu as vendas das publicações específicas para as provas, que agora serão realizadas apenas no ano que vem. “Já não tinha mais material, a gente teve que conseguir mais para atender à demanda”, comenta.

Com a experiência de mais de uma década e meia no ramo dos concursos públicos, dona Altair enxerga um constante crescimento tanto da oferta quanto da demanda no setor. Com o mercado de trabalho na iniciativa privada cada vez mais competitivo e instável, muitos trabalhadores tentam conseguir bons salários e estabilidade embaixo das saias do Estado. “Tem gente que sai de multinacional, presta concurso público pra um cargo com menor salário só para ter um emprego mais seguro”, sustenta.

“Quando abrimos as portas da Casa dos Concursos há 15 anos, as pessoas olhavam e riam. Diziam: ‘não preciso estudar para o concurso, conheço fulano que me faz passar’”, lembra. Hoje, com a maior concorrência, e consequentemente maior cobrança por idoneidade nos certames, ela diz que a história mudou. “Hoje concurso é realidade”.

Parte dessa aceleração nos concursos públicos dona Altair também credita ao governo Lula, lembrando da política do presidente anterior. “Na era FHC (Fernando Henrique Cardoso - PSDB, 1999/2002) o ritmo de concursos era menos acelerado. Com a era Lula houve uma grande aceleração, diz.