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Notícias / Brasil

Polícia Civil desarticula quadrilha que roubava passes eletrônicos de transportes públicos

ABr

Cerca de 100 policiais de nove delegacias especializadas do Rio prenderam na manhã de hoje (8) 13 suspeitos de participar de uma quadrilha que roubava e vendia irregularmente passes eletrônicos de trens, cartões de ônibus Riocard e vale-refeição. As investigações começaram em junho deste ano, após o roubo de pontos de validação de crédito de passe eletrônico da Supervia, a administradora de trens urbanos do estado do Rio, causando um prejuízo de mais de R$ 1,2 milhão à empresa.

O delegado responsável pela operação, Eduardo Freitas, afirmou que o líder da quadrilha é dono de uma empresa de ônibus em Mangaratiba, no litoral sul fluminense.

“Ele trocava os cartões de trens por cartões Riocard com outros membros da quadrilha que compravam os Riocard com deságio de 50% de passageiros, além de tíquetes-alimentação. Em seguida, outros membros da quadrilha vendiam os cartões de trem roubados em estações da Supervia a passageiros que não queriam enfrentar fila no caixa.”

O delegado informou que a quadrilha chegava a movimentar quase R$ 500 mil por semana. Ainda segundo Eduardo Freitas, alguns integrantes do bando atuavam no esquema de interceptação e venda irregular de passagens e tíquetes-alimentação há mais de 15 anos. O delegado alertou à população que quem compra passagens de estranhos na porta das estações ou vende seus tíquetes com deságio está contribuindo com uma quadrilha criminosa que faz uso da violência, como assaltos à mão armada.

A operação, chamada de Fim da Linha, passará agora a uma segunda fase, pois há indícios de que empresas fantasmas estejam envolvidas no esquema. Há suspeitas, inclusive, de roubo e falsificação de cartões de crédito e lavagem de dinheiro com tíquetes-alimentação.

Foram apreendidas cinco armas, computadores, máquinas de cartão de crédito, 14 pontos de validação de crédito de passe eletrônico de trem e dezenas de cartões Riocard, vale-refeição e tíquete-alimentação. Os suspeitos podem responder por crime de falsidade ideológica, formação de quadrilha, crimes contra a economia popular, receptação, roubo e porte ilegal de armas.
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