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PF descobre rede de pedofilia em Mato Grosso e outros 7 estados

AE

Uma investigação iniciada há nove meses sobre o cliente de uma lan house na cidade de São José, em Santa Catarina, resultou na descoberta de uma rede de pedofilia em oito Estados do País. Segundo a Polícia Federal, cerca de 15 pessoas trocavam pela internet imagens de crianças e adolescentes fazendo sexo. Hoje, no Rio, o operador de telemarketing, Felipe Nunes Ferreira, de 24 anos, foi preso em casa, na Taquara (zona oeste), com material pornográfico.

Ferreira confessou ter fotografado uma menina de 3 anos e compartilhado a foto na rede. Ele foi indiciado por distribuir pornografia infantil e estupro de vulnerável, ou seja, ato libidinoso com menor de 14 anos. A apreensão dos computadores do acusado deve resultar na investigação de 30 pessoas no Rio.

"Todos os contatos de e-mail dele serão investigados. O objetivo é identificar as crianças vítimas destes abusos. Suspeitamos que alguns pais estão envolvidos", disse o delegado titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima do Rio, Luiz Henrique Marques Pereira. Além de Santa Catarina e Rio, os pedófilos estariam espalhados por São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Mato Grosso e Ceará.

"Foram apreendidas cenas fortes de violência e estupro envolvendo menores. Em um vídeo compartilhado por eles, uma criança de três anos é estuprada com uma toalha na cabeça. A maioria dos integrantes da quadrilha é composta por pessoas de classe média alta. A única exceção é o Rio", afirmou Monteiro, que esteve no Rio para acompanhar as prisões.

Na segunda-feira, em Santa Catarina, foram presos os irmãos Celso Rogério Kurtz, de 47 anos, servidor do Tribunal de Justiça de SC, cujo flagrante há nove meses em uma lan house iniciou a investigação, e Ivan Sérgio Kurtz, de 42, lotado no Tribunal Regional do Trabalho de Jaraguá do Sul. Há seis anos, Ivan foi preso por atentado violento ao pudor contra menores em Balneário Camboriú.
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