O técnico da seleção brasileira, Dunga, em uma palestra proferida a técnicos, aspirantes à profissão, jornalistas e convidados no Rio de Janeiro, comemorou nesta terça-feira (8) o seu sucesso no cargo. O treinador Dunga falou dos apuros que passou ao aceitar o desafio de substituir Carlos Alberto Parreira após o fracasso da Copa de 2006. Agora sem as críticas que recebeu no início do trabalho, Dunga festejou.

- Vim com sangue novo e vontade de vencer. O trabalho foi muito duro e o que um treinador demora dez anos para aprender eu aprendi em três ou quatro meses e tive de colocar em prática. Mas em nenhum momento eu tive dúvida ou temor em aceitar o cargo.

Ele será o homem responsável pela campanha brasileira em busca do hexacampeonato da Copa do Mundo na África do Sul, no ano que vem. Campeão da Copa América em 2007 por um amplo 3 a 0 sobre a Argentina na final, Dunga usou do patriotismo ao dizer que aceitou um cargo para "servir" o país quando foi chamado pela Confederação Brasileira de Futebol.

- Na primeira reunião com o Ricardo Teixeira (presidente da CBF) me foi pedido para recuperar a imagem da seleção brasileira. Fui chamado para servir o meu país, tive total autonomia e isso me deu confiança.

Dunga foi criticado no seu primeiro ano de trabalho pela sua falta de experiência como treinador e por sempre defender os interesses da CBF. A estreita relação com Teixeira, aliás, foi um dos pontos positivos lembrados por ele na palestra. O dirigente, segundo Dunga, permitiu que sua metodologia de trabalho pudesse ser colocada em prática.

- No futebol, há sempre uma figura que manda e dez falando em volta, mas eu tive um canal aberto com o presidente e isso facilitou.

Como sempre, Dunga também reservou um bom tempo para reclamar da imprensa e das críticas ao seu trabalho. E defendeu a sua postura de "brigão" diante dos microfones.

- Não posso ficar calado vendo as pessoas dizendo coisas erradas. Tenho que esclarecer as coisas. Aceito as críticas, mas nunca palavras pejorativas.