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Notícias / Meio Ambiente

Brasil lidera ranking de combate à mudança climática

Da Assessoria

Presença fundamental em Copenhague, o Brasil lidera ranking da ONG européia Germanwatch, em parceria com a rede Climate Action Network (CAN), que avalia ações dos países no combate à mudança climática. Pela primeira vez no levantamento da organização um país emergente conquistou o primeiro lugar, deixando para trás países desenvolvidos como Suécia, Alemanha e Noruega. Esse destaque do Brasil também é percebido na pesquisa “Futuros Sustentáveis”, realizada pelo grupo francês de comunicação Havas em dez países. No país, o estudo foi conduzido pelas agências de publicidade Z+, Media Contacts e Mobext, que entrevistaram 2.532 consumidores brasileiros.

Mais de 90% dos brasileiros recomendam enfaticamente aos amigos produtos de empresas com iniciativas sustentáveis. Porém mais de 60% acreditam que as marcas só se envolvem com sustentabilidade para melhorar a imagem. Com o estudo, o grupo visa a obter mais informações para que suas agências possam orientar, de forma precisa, os clientes no relacionamento com o consumidor e na construção de marcas sustentáveis. O relatório final traz dados de uma análise de 20 anunciantes representativos. O objetivo é mostrar a percepção do consumidor em relação aos diversos parâmetros que cercam a questão da sustentabilidade, tais como os usos que as empresas fazem do capital natural, humano e social.

Entre outros dados reveladores, o levantamento conduzido pela Z+, Media Contacts e Mobext mostra que, entre os brasileiros, 84% acreditam que têm o poder de fazer com que as organizações se comportem com mais responsabilidade. No mundo, apenas 63% dos 25 mil entrevistados expressaram a mesma crença em seu poder de influenciar nas decisões das grandes companhias. Segundo André Zimmermann, porta-voz do “Futuro Sustentável” no país, os brasileiros declaram que o tema sustentabilidade tem de estar no dia-a-dia das empresas e ser muito mais do que ações de ‘marketing verde’. “Se as corporações derem a devida atenção ao assunto, certamente encontrarão possibilidades imensas de negócios”, afirma. O executivo ainda destaca que mais uma vez o Brasil aparece muito bem posicionado em uma pesquisa de sustentabilidade.

Na análise das marcas, o estudo contemplou empresas de setores-chave da economia global: automotivo, varejo, petróleo e combustíveis, alimentos, finanças e telecomunicações. No país, os anunciantes avaliados foram Peugeot, Citroën, Toyota, Volkswagen, Casas Bahia, Carrefour, Wal-mart, Pão de Açúcar, Santander, HSBC, Unilever, Danone, Nestlé, Claro, Vivo, Petrobras, Coelce, Ampla, Reckitt Benckiser e Procter&Gamble. A idéia foi constatar a percepção do consumidor em relação às empresas, sob os aspectos: danos ao meio-ambiente, práticas sustentáveis e sociais reconhecidas.

No setor alimentício, por exemplo, todos os fatores do mercado foram bem considerados. Os consumidores destacaram que o bom desempenho das empresas é resultado de produtos seguros, responsáveis e saudáveis. Mesmo com produtos considerados caros, os preços não têm impacto na imagem da marca. Já no setor de telecomunicações a realidade é distinta: os consumidores não sabem como as companhias desse segmento tratam a questão da sustentabilidade. Os brasileiros acreditam que essas empresas afetam o meio ambiente, mas não sabem de que forma, e esperam que elas se pronunciem e informem quais são suas práticas sustentáveis.

Os brasileiros ainda citaram espontaneamente as marcas que, na visão deles, mais possuem ações sustentáveis bem-sucedidas. São Petrobras, Natura e Banco Real (instituição incorporada pelo grupo Santander). “Isso não chega a ser algo surpreendente, pois essas empresas são cases internacionais no tema”, reconhece Zimmermann. O destaque mundial dessas companhias pode ser explicado nesse dado: 86% dos entrevistados no Brasil estão dispostos a recompensar empresas que possuem ações sustentáveis e 80% a punir as companhias irresponsáveis. “Apenas os chineses são mais críticos e punem mais”, complementa.

A pesquisa foi realizada via internet e contemplou consumidores dos seguintes países: Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Alemanha, México, Brasil, China e Índia.
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