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Pré-candidato ao governo do RS, Tarso admite sair do cargo antes de março

Folha Online

Numa espécie de despedida do governo federal, o ministro Tarso Genro (Justiça) fez nesta terça-feira um balanço das suas ações na pasta desde 2007, quando assumiu o cargo. Pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso disse que ficará no governo no máximo até março do ano que vem --com a possibilidade de se afastar da pasta antes desse prazo.

"Em março, no prazo mais dilatado que se possa imaginar, estarei fora do governo Lula para cumprir outras missões no meu Estado de origem", afirmou.

Com um livreto que reúne os trabalhos do ministério entre 2007 e 2009, Tarso disse o resumo de suas ações vão servir de base para o seu sucessor no cargo. "Estamos fazendo um balanço desses dois anos e alguns meses de trabalho e queremos que o material sirva para orientar o trabalho crítico que a imprensa realiza e avaliar as potencialidades do nosso trabalho para o próximo ano. Vamos deixar encaminhados projetos desenvolvidos nesse período", afirmou.

O ministro disse que ainda não definiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a data exata em que deixará o governo, mas admitiu ter realizado o 'último balanço' de suas ações na pasta. 'Eu tenho o compromisso com o meu Estado a partir de abril, mas ainda não decidi com o presidente a data da minha saída.'

Tarso disse acreditar que o seu sucessor vai seguir o planejamento feito ao longo dos últimos anos na pasta. "Serei substituído, mas aquilo que foi consolidado aqui não recuará."

O ministro disse que sua prioridade nos dois anos em que esteve na pasta foi consolidar projetos em curso no ministério. "A orientação do presidente Lula desde o início deste ano [2007] era que não se inventasse mais nada, que não se colocasse as asas verdejantes da imaginação em andamento. Agregamos novos projetos no contexto de maturidade do seu governo", afirmou.

Prioridades

O ministro listou cinco prioridades para o Ministério da Justiça em 2010, entre elas reforçar o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) e melhorar as relações internacionais do Brasil para o combate ao crime organizado. O ministro disse esperar também a consolidação de um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) sobre a área de segurança pública, assim como a votação da reforma política pelo Congresso Nacional.

"Sabemos que é um ano difícil, principalmente no financiamento público das campanhas. Mas já temos o apoio do STF", afirmou.

Outra prioridade da pasta, segundo Tarso, é dar continuidade à "luta" contra a corrupção, "considerando essa luta um elemento vital para a consolidação da república do Brasil".
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