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Notícias / Agronegócios

CPMI dos sem terra só ouvirá depoimentos em fevereiro

De Brasília - Vinícius Tavares

A Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investiga possíveis desvios de recursos para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) aprovou nesta quarta-feira o plano de trabalho da Comissão. Serão ouvidos representantes das entidades citadas no requerimento de receberem recursos e repassá-los ao movimento. A próxima reunião está marcada para o dia 3 de fevereiro, logo após o recesso parlamentar.

Questionado sobre a ausência dos ministros da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e do presidente do Incra na relação dos possíveis convocados, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), disse que ainda poderão ser feitos convites a autoridades. "Queremos ouvir pontualmentee os envolvidos", ponderou.

Para o deputado Ivan Valente (Psol-SP), a comissão vai investigar por que não acontece a reforma agrária e se há desvios de recursos por parte do MST e das grandes empresas e entidades ligadas ao agronegócio. "O que precisamos investigar são os grandes desvios promovidos pelos representantes do agronegócio", disse.

Ex-presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Onyx Lorenzoni, destacou a qualidade dos parlamentares da Comissão. Segundo ele, a CPI da Terra, há cinco anos, provou que havia desvio de recursos. "Queremos mostar que estas irregularidades continuam existindo", sustentou.

O relator da CPMI, deputado Jilmar Tato (PT-SP), espera que não sejam encontradas irregiularidades na investigação. Ele acredita que não haverá dificuldades em obter informações, já que elas estão disponíveis em todos os órgãos oficiais. "Difícil será encontrar um ponto de equilíbrio entre os defensores dos ruralistas e dos sem terra", concluiu.
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