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CPI dos Grampos ouve juízes de operações da PF nesta semana em Brasília e SP

ABr

Os trabalhos da CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara foram prorrogados até o dia 15 de abril, para que ela possa continuar as investigações sobre as denúncias de grampos clandestinas. Na terça-feira (17), integrantes da CPI vão a São Paulo em diligência para conversar com os juízes do Tribunal Regional Federal, da 3ª Região, a respeito das investigações sobre as Operações Satiagraha e Chacal.

Os integrantes da comissão vão conversar com os juízes Fausto De Sanctis e Luiz Renato Pacheco, responsáveis pelos desdobramentos das operações Satiagraha e Chacal, respectivamente.

O relator da CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), informou que eles vão pedir aos juízes para liberem os documentos dessas duas operações para a CPI.

Na quarta-feira (18), às 12 horas, na sede do Departamento de Polícia Federal, em Brasília, os dirigentes e integrantes da CPI vão participar de audiência com o delegado Amaro Vieira Ferreira, responsável pelas investigações sobre o vazamento da Operação Satiagraha.

Também na quarta-feira, às 15 horas, os integrantes da CPI dos Grampos vão à sede da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), para a tomada dos depoimentos de Lúcio Fábio de Godoy de Sá, oficial de inteligência da Abin, e Jerônimo Jorge da Silva Araújo, agente de inteligência da Abin.

Reviravolta
Nos últimos dias, o vazamento de dados da Satiagraha, revelado em reportagem da revista "Veja", gerou uma série de repercussões no cenário político. Em decorrência das denúncias da revista, a Câmara aprovou a prorrogação das atividades da CPI por mais 60 dias.

A reportagem informou que entre os alvos de Protógenes estariam os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o governador Serra e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, além do empresário Fábio Luiz da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Protógenes rebateu, no seu blog, a reportagem da revista. Segundo ele, as informações são "mentirosas". Ele negou ter investigado a ministra Dilma e outros políticos citados na reportagem da revista "Veja" durante a Operação Satiagraha.

Dilma também reagiu à reportagem. A ministra disse não temer escutas telefônicas e levantou dúvidas sobre a veracidade dos dados contidos na revista.
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