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Líder tucano diz que candidatura de Serra à Presidência é "irreversível"

Folha Online

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), descartou nesta sexta-feira que o resultado das pesquisas de intenção de voto influenciem a decisão do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), de sair candidato à sucessão presidencial de 2010.

Segundo Virgílio, a candidatura de Serra é "irreversível". Após o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), ter aberto mão de disputar a indicação do PSDB com Serra, o governador de São Paulo teria informado aos caciques do partido que não negocia anunciar seu nome antes de 31 de março.

"É uma candidatura irreversível. Nós temos um projeto para o país e tem tempo que todos sabem que o Serra era uma das alternativas desse projeto e não mudou praticamente nada nas avaliações dele nas pesquisas. Essa avaliações são importantes, mas pesa mais o projeto", disse.

Para o líder tucano, não há motivo para ter pressa em oficializar a candidatura de Serra. Virgílio negou que Serra tenha medo de confrontar neste momento com a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Isso é uma falácia. Não há razão para falarem isso. O Serra não tem medo de críticas até porque quem tem medo de ser criticado não pode ser candidato. Não tem diferença o possível surgimento de ataques agora ou em março", afirmou.

O governador de Minas anunciou ontem sua desistência à pré-candidatura à Presidência. Ao ler a carta endereçada ao presidente do PSDB, Sérgio Guerra, Aécio alertou para o perigo da eleição plebiscitária --defendida pelo PT.

Ele também criticou a estratégia do PT de mostrar o país dividido entre ricos e pobres no último programa eleitoral veiculado em cadeia de TV.

"Devemos estar preparados para responder à autoritária armadilha do confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o país ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres. Nossa tarefa não é dividir, é aproximar. E só aproximaremos os brasileiros uns dos outros através da diminuição das diferenças que nos separam", diz na carta.
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