Moradores da favela Beira-Mar, atingida por um incêndio na tarde deste sábado (19), disseram ao G1 por volta das 18h30 que ainda não sabem para onde ir. De acordo com a Defesa Civil, as famílias desabrigadas devem ser levadas a abrigos ou ir para a casa de parentes e amigos. O incêndio que começou por volta das 15h e foi controlado às 17h deixou pelo menos 50 barracos destruídos.



Por volta das 22h30, a Prefeitura de São Paulo informou que as famílias deveriam ser levadas para uma quadra de esportes de algum clube, ainda não definido até aquele momento.



O balanço sobre o número de famílias atingidas só deverá ser divulgado neste domingo. Segundo o coronel Jair Paca de Lima, da Defesa Civil, a maioria dos moradores prefere ir para casa de parentes ou amigos, para ter condições de vigiar as moradias à distância e voltar assim que liberadas pelo Corpo de Bombeiros.



O barraco de madeira em que Jussara Monteiro mora com o filho de dois anos ficou totalmente destruído. Ela perdeu geladeira, televisão e máquina de lavar e só conseguiu salvar alguns alimentos. A moradora entrega panfletos no farol e ganha R$ 60 por final de semana. "Eu não tenho para onde ir", afirmou.

A auxiliar de limpeza Maria Alaíde, que mora na Beira Rio há 22 anos, estava na igreja quando o fogo começou, mas seus seis filhos estavam em casa. "Eles ouviram os estalos e correram. Graças a Deus se salvaram", afirmou. Ela ainda não conseguiu entrar na casa para saber o que perdeu porque o interior ainda está muito quente. Ela só sabe que o telhado e o barraco que ficava em cima queimaram.