O abastecimento de água em Várzea Grande teve um salto de qualidade em 2009, avalia o diretor-presidente do Departamento de Água e Esgoto municipal (DAE/VG), Jeverson Missias. Segundo ele a avaliação não é somente técnica, as mudanças também foram sentidas pela população que historicamente sempre sofreu com o abastecimento deficiente.

“Sabemos que o serviço não é cem por cento, mas conseguimos nos últimos anos e principalmente em 2009 melhorar muito o sistema de abastecimento da cidade. Na verdade, a Prefeitura realizou as maiores intervenções urbanas das últimas décadas em Várzea Grande para a melhora da qualidade de vida acalentada pela população por pelo menos 140 anos”, declarou Missias.

Em funcionamento deste 2008, o Reservatório Apoiado (RAP), localizado no bairro da Manga, na Avenida 31 de Março, com capacidades para seis milhões de litros de água, atende 58 bairros e 25 mil famílias. Este ano também foi concluído 93 quilômetros de rede de água e 5 mil hidrômetros foram instalados nas residências. “Significa dizer que 40% da população hoje, possui acesso universal à distribuição de água”, avalia Missias.

Além de adutoras, subadutoras, novas redes e reservatórios, que já foram instaladas e outras que estão em obras para distribuir por gravidade água aos bairros do lado direito no sentido da Avenida Alzira Santana, e, após de concluídas atenderão a 60% da população de Várzea Grande. “Não podemos esquecer que lançamos este ano as obras que envolvem o esgotamento sanitário da cidade”, citou.

A Estação de Captação de Água bruta da rua Brasília em Várzea Grande. Integrante de um complexo de captação, tratamento e distribuição de água foi reformada e inaugurada em 2009, passando a retirar do rio Cuiabá, 500 litros de água por segundo.

O DAE/VG também desenvolveu obras pontuais, onde bairros inteiros, a exemplo do Santa Clara, Cohab Jaime Campos, Hélio Ponce, Vila Rica, Unipark e demais bairros da região do Grande Cristo Rei que tiveram a interligação da rede de abastecimento com o novo RAP e deixaram de ser abastecidos por poços artesianos. “Chegamos a executar mais de 1,5 km de rede dentro dos bairros além de padronizar as ligações nas casas, pois, a maioria das residências não possuíam cavalete ou hidrômetro. Os moradores do Grande Cristo Rei de uma maneira geral e da Guarita tiveram sim uma melhora considerável no abastecimento.

EM EXECUÇÃO – A Estação de Tratamento de Àgua da Ulisses Pompeu de Campos passa por reforma, está sendo ampliado o Sistema de Abastecimento de Água na Avenida DNER, com a instalação de uma subadutora para atender 13 bairros. No bairro São Simão está sendo construído um Reservatório Apoiado com capacidade para quatro milhões de litros e também um quatro reservatórios apoiados no São Mateus, além das intervenções em todos os bairros da cidade que precisam estar interligados na rede de abastecimento nova, a exemplo do Itororó.

CONSUMO RESPONSÁVEL – Em 2009 o Departamento trabalhou também com o consumo responsável e a importância dos hidrômetros, temas que serão intensificados em 2010. “O Objetivo é falar à população que utilize a água com responsabilidade pois, evitando desperdícios, se poupa o meio ambiente e dinheiro”, diz Missias.

ÁGUA DE QUALIDADE – A Vigilância Sanitária Estadual atestou a qualidade da água distribuída em Várzea Grande após várias análises durante o ano. Segundo os relatórios a água que é tratada e distribuída nas redes residencial e comercial está dentro das normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

UNIVERSALIZAÇÃO DO SANEMANETO BÁSICO – O DAE/VG defende a universalização do saneamento básico com a implantação de políticas públicas que favoreçam a universalização da água tratada e esgoto “Saneamento é uma questão de justiça social”, avalia. Pesquisa aponta que 47,8% dos domicílios brasileiros não tem acesso a tratamento de esgoto. Em Várzea Grande, 10% das residências possuem esgotamento sanitário. “Faremos o que estiver ao alcance para melhorar esse índice. Pois sabemos que saneamento significa mais saúde e qualidade de vida”.

Nesse sentido a Prefeitura investiu no tratamento da lagoa biológica do bairro ‘15 de Maio’, por exemplo. Um sistema antigo de tratamento de esgoto sem investimento há pelo menos 20 anos. Como conseqüência, das três lagoas, duas deixaram de funcionar e quatro das 18 fossas estão em desuso. “Lagoas biológicas e fossas filtros são métodos antigos para o tratamento de esgoto em uma cidade e exige requisitos que no passado não foram cumpridos, uma prova é que para duas das três lagoas a recuperação é inviável. Fizemos um levantamento e recuperaremos o que for possível, o que dará um reforço no saneamento da cidade”, explica Missias.

Além do trabalho de recuperação e manutenção da estrutura já existente o DAE investe em novas obras que atenderão a 40% do município. Inicialmente serão beneficiados os bairros Centro, Imperador, Água Limpa, Ipase, Jardim Aeroporto, Pirineu, Planalto Ipiranga, Jardim Costa Verde e parte do bairro Nova Várzea Grande, o que representa 80% da região central da cidade. Serão 100 quilômetros de rede coletora de esgoto, 7,5 mil ligações domiciliares, com a construção de uma ETE para tratar 100 litros por segundo, três Estações Elevatórias de Esgoto (EEE), redes emissárias de esgoto bruto e uma rede emissária de esgoto tratado.

No Parque do Lago as obras de implantação de uma ETE terão cinco estações elevatórias e uma rede de esgoto de 60 quilômetros. Atualmente, o município possui 10 mil ligações domiciliares e trata de 120 a 150 m3 de esgoto mensalmente, o que representa 15% de rede coletora de esgoto. Com a conclusão das obras de implantação de uma ETE no Parque do Lago esse índice chegará a 25% e, com as obras da Bacia “5”, a 40% da cidade.

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