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Advogado diz que intenção de cobrar gastos 'revela caráter' do pai de Sean
g1
O advogado Sergio Tostes, que defende os interesses da família brasileira do menino Sean, disse que as declarações dadas nos Estados Unidos pelo pai biológico do garoto, David Goldman, que manifestou a intenção de cobrar o que gastou na batalha judicial, "revelam o caráter" do americano.
Tostes lembrou que a ação no Brasil foi movida pela Advogacia Geral da União com dinheiro do contribuinte brasileiro. Já a avó brasileira Silvana Bianchi se declarou "estarrecida" e não quis comentar o anúncio feito por David.
Segundo o advogado Tostes, “esta declaração (a intenção de cobrar) não surpreende, e apenas demonstra o interesse pecuniário do Sr. David Goldman. Tudo que ele fez não foi pelo interesse do filho, foi interesse pecuniário.”
Na entrevista coletiva. David afirmou ter gasto até aqui cerca de US$ 500 mil na batalha judicial que travou com a família da mãe do garoto. Segundo sua advogada, seu cliente irá pedir à família brasileira o ressarcimento desse valor.
Já o advogado Tostes disse estranhar a intenção de David: “A União Federal gastou o dinheiro do contribuinte brasileiro e ele está cobrando o da advogada”.
David Goldman também contou que Sean já ligou duas vezes para o Brasil, uma delas no Natal. Na entrevista, o pai não deu respostas diretas sobre possíveis visitas do menino ao Rio de Janeiro. Segundo a advogada de David, até agora a família brasileira não apresentou à justiça norte-americana um pedido formal de visitas ao menino no estado de Nova Jersey, onde viverá.
Processo no Brasil não terminou
Tostes explicou que, apesar da decisão do ministro Gilmar Mendes, que obrigou a familía brasileira a entregar Sean para o pai biológico, o processo judicial no Brasil não se encerrou.
"O processo ainda não terminou e cabem todos os recursos disponíveis, inclusive o habeas corpus. A decisão do Gilmar Mendes foi o que juridicamente se chama 'tutela antecipada'. Foi contra esta decisão que eu disse que não ia recorrer, porque o risco de Sean ser alvo de apreensão por força policial era imenso. Mas o processo ainda não acabou", informou o advogado.
Sean ligou para avó
A avó de Sean, Silvana Bianchi não quis se alongar sobre a declaração de David. “Estou estarrecida. Estou cansada de assistir TV, estou muito perturbada, prefiro nem ver”, contou.
Silvana disse que conversou com Sean nesta terça. A ligação foi feita do telefone celular de David e durou cerca de 15 minutos. “Perguntei se ele estava bem, ele disse que estava com muita saudade. Conversa de ‘vó’, preocupada com a saúde do neto”, disse, completando: “Ele disse que estava indo tudo bem. Meu coração esta junto com ele, pensamos nele o dia inteiro."
Silvana contou que aguarda uma decisão judicial para visitar o neto nos EUA. "Eu não queria deixar o Sean ir, mas tive que deixar por conta da lei. Então. assim como existe lei para mim, existe lei para ele", disse ela, em relação à autorização que aguarda para poder visitar Sean.
Volta para casa
Depois de sair do Brasil e passar quatro dias na Flórida, David e seu filho Sean Goldman viveram seu primeiro dia na casa dos EUA, de onde o menino havia saído havia cinco anos.
Sean, de 9 anos, foi entregue ao pai no consulado americano no Rio de Janeiro em 24 de dezembro, depois de uma decisão do presiddente do Tribunal Federal (STF). No Rio, os dois embarcaram em um jatinho fretado pela rede de TV norte-americana NBC em direção à Disney.
Recomeço
No primeiro dia juntos em casa, David preparou o café da manhã para o filho. Em uma tarde fria em Nova Jersey, com a temperatura em seis graus negativos, os dois passaram o tempo jogando vídeo game. A adaptação do menino com as novidades, como o clima e a alimentação, preocupam David.
Leia mais: Vizinhos prometem ajudar Sean a se readaptar
Imagens da rede NBC mostram Sean brincando com o gato, que já era da casa, quando o menino foi levado há cinco anos pela mãe para o Brasil. Segundo David, o filho, no caminho de volta, perguntava: "Quando vamos chegar à nossa casa, onde está a nossa casa?"
As fotos de Sean ainda muito pequeno estão no mesmo lugar. David reapresentou para Sean o seu quarto, mantido intacto. "Eu evitei entrar nesse quarto durante esse tempo", contou o pai. "Agora é diferente. Ele está em casa. Nós conseguimos ", disse, emocionado. "É real, e Sean está ok. Ele realmente está ok.", completou o pai.
Tostes lembrou que a ação no Brasil foi movida pela Advogacia Geral da União com dinheiro do contribuinte brasileiro. Já a avó brasileira Silvana Bianchi se declarou "estarrecida" e não quis comentar o anúncio feito por David.
Segundo o advogado Tostes, “esta declaração (a intenção de cobrar) não surpreende, e apenas demonstra o interesse pecuniário do Sr. David Goldman. Tudo que ele fez não foi pelo interesse do filho, foi interesse pecuniário.”
Na entrevista coletiva. David afirmou ter gasto até aqui cerca de US$ 500 mil na batalha judicial que travou com a família da mãe do garoto. Segundo sua advogada, seu cliente irá pedir à família brasileira o ressarcimento desse valor.
Já o advogado Tostes disse estranhar a intenção de David: “A União Federal gastou o dinheiro do contribuinte brasileiro e ele está cobrando o da advogada”.
David Goldman também contou que Sean já ligou duas vezes para o Brasil, uma delas no Natal. Na entrevista, o pai não deu respostas diretas sobre possíveis visitas do menino ao Rio de Janeiro. Segundo a advogada de David, até agora a família brasileira não apresentou à justiça norte-americana um pedido formal de visitas ao menino no estado de Nova Jersey, onde viverá.
Processo no Brasil não terminou
Tostes explicou que, apesar da decisão do ministro Gilmar Mendes, que obrigou a familía brasileira a entregar Sean para o pai biológico, o processo judicial no Brasil não se encerrou.
"O processo ainda não terminou e cabem todos os recursos disponíveis, inclusive o habeas corpus. A decisão do Gilmar Mendes foi o que juridicamente se chama 'tutela antecipada'. Foi contra esta decisão que eu disse que não ia recorrer, porque o risco de Sean ser alvo de apreensão por força policial era imenso. Mas o processo ainda não acabou", informou o advogado.
Sean ligou para avó
A avó de Sean, Silvana Bianchi não quis se alongar sobre a declaração de David. “Estou estarrecida. Estou cansada de assistir TV, estou muito perturbada, prefiro nem ver”, contou.
Silvana disse que conversou com Sean nesta terça. A ligação foi feita do telefone celular de David e durou cerca de 15 minutos. “Perguntei se ele estava bem, ele disse que estava com muita saudade. Conversa de ‘vó’, preocupada com a saúde do neto”, disse, completando: “Ele disse que estava indo tudo bem. Meu coração esta junto com ele, pensamos nele o dia inteiro."
Silvana contou que aguarda uma decisão judicial para visitar o neto nos EUA. "Eu não queria deixar o Sean ir, mas tive que deixar por conta da lei. Então. assim como existe lei para mim, existe lei para ele", disse ela, em relação à autorização que aguarda para poder visitar Sean.
Volta para casa
Depois de sair do Brasil e passar quatro dias na Flórida, David e seu filho Sean Goldman viveram seu primeiro dia na casa dos EUA, de onde o menino havia saído havia cinco anos.
Sean, de 9 anos, foi entregue ao pai no consulado americano no Rio de Janeiro em 24 de dezembro, depois de uma decisão do presiddente do Tribunal Federal (STF). No Rio, os dois embarcaram em um jatinho fretado pela rede de TV norte-americana NBC em direção à Disney.
Recomeço
No primeiro dia juntos em casa, David preparou o café da manhã para o filho. Em uma tarde fria em Nova Jersey, com a temperatura em seis graus negativos, os dois passaram o tempo jogando vídeo game. A adaptação do menino com as novidades, como o clima e a alimentação, preocupam David.
Leia mais: Vizinhos prometem ajudar Sean a se readaptar
Imagens da rede NBC mostram Sean brincando com o gato, que já era da casa, quando o menino foi levado há cinco anos pela mãe para o Brasil. Segundo David, o filho, no caminho de volta, perguntava: "Quando vamos chegar à nossa casa, onde está a nossa casa?"
As fotos de Sean ainda muito pequeno estão no mesmo lugar. David reapresentou para Sean o seu quarto, mantido intacto. "Eu evitei entrar nesse quarto durante esse tempo", contou o pai. "Agora é diferente. Ele está em casa. Nós conseguimos ", disse, emocionado. "É real, e Sean está ok. Ele realmente está ok.", completou o pai.