Imprimir

Notícias / Mundo

Mais de 80% da população de Gaza depende de ajuda humanitária

EFE

Mais de 80% da população da Faixa de Gaza depende da ajuda humanitária após a recente ofensiva militar israelense, que deixou cerca de 1,4 mil mortos e mais de 5,5 mil feridos entre os palestinos, segundo dados do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.

Em entrevista coletiva no Cairo, o diretor regional do PMA, Daly Belgasmi, disse que mais 300 mil palestinos, entre refugiados e não refugiados, precisam agora de assistência alimentícia.

Além desse número, há o mais de 1 milhão de habitantes de Gaza que antes da operação israelense desenvolvida entre 27 de dezembro e 18 de janeiro já dependia da ajuda humanitária.

Belgasmi denunciou a escassez de bens de primeira necessidade nos mercados e os frequentes cortes no fornecimento de gás e de petróleo, entre outros aspectos que fazem com que a situação em Gaza seja muito deficiente.

Também afirmou que, após o ataque israelense, a rede de fornecimento de comida entrou em colapso, o que representou uma crise humanitária e alimentícia séria.

Além disso, disse que a população sofre de desnutrição, devido à pouca diversidade de alimentos.

"Não é preciso ser especialista para ver isso, é catastrófico", disse.

Atualmente, o PMA atende 365 mil palestinos e a agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), cerca de 900 mil, do 1,4 milhão de pessoas que vive em Gaza.

A operação de assistência alimentícia desenvolvida em janeiro pelo PMA em colaboração com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) foi, segundo Belgasmi, "satisfatória", mas se viu dificultada pelo fechamento das passagens fronteiriças.

Por estes acessos, cruzam diariamente para a Faixa de Gaza cerca de 80 caminhões com bens de primeira necessidade, mas, segundo Belgasmi, é necessária mais ajuda.

O PMA introduziu em Gaza desde 27 de dezembro do ano passado 3.671 toneladas de alimentos.
Imprimir