O Brasil está no grupo de países de língua não-inglesa em que os artistas nacionais historicamente sempre ocupam as primeiras posições do ranking de discos mais vendidos. Em 2009, a norte-americana Beyoncé quebrou essa tradição. 

Com 182 mil cópias vendidas entre janeiro e outubro do ano passado, "I Am... Sasha Fierce", da cantora de 28 anos e mulher de Jay-Z, ocupa o terceiro lugar entre os mais vendidos no país.

"Ela é um fenômeno de vendas. Talvez a maior vendagem internacional dos últimos anos no Brasil", comemora Alexandre Schiavo, presidente da gravadora de Beyoncé, a Sony. 

"Era quase impossível para um artista internacional vender 200 mil discos no Brasil. Há muito tempo não víamos isso."

A inclusão da música "Halo" na novela "Caminho das Índias" e a política de preço da Sony (o CD chega ao consumidor por R$ 19,90) ajudaram a impulsionar a venda do disco no Brasil. Os números animaram Beyoncé a vir ao Brasil --ela fará quatro shows (incluindo um no estádio do Morumbi) no país em fevereiro.

Lançado mundialmente em novembro de 2008, "I Am... Sasha Fierce" já vendeu 6 milhões de cópias, o que faz de Beyoncé uma das principais vendedoras da indústria da música.

Em 2008, segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), o disco mais vendido foi "Viva la Vida", do Coldplay, com 6,8 milhões de cópias comercializadas. Em 1996, o mais vendido daquele ano, "Jagged Little Pill", estreia da canadense Alanis Morissette, vendeu mais de 10 milhões de cópias.