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Magela elaborou Orçamento com fins eleitoreiros, diz Caiado

Terra

O líder do DEM deputado Ronaldo Caiado (GO) fez novas acusações nesta quarta-feira contra o relator do Orçamento, Geraldo Magela (PT-DF), afirmando que o deputado tinha fins lucrativos e eleitoreiros ao elaborar a peça orçamentária deste ano.

Segundo Caiado, em seu primeiro relatório, Magela destinava mais verbas - cerca de R$ 228 milhões, segundo dados apresentados pelo líder -para o Distrito Federal, local onde deve tentar se reeleger nas eleições do ano que vem.

Caiado disse ainda que o texto original do relator destinava um volume maior de verbas - R$ 180 milhões - para Sergipe, Estado de origem do senador Almeida Lima (PMDB), presidente da Comissão Mista de Orçamento.

"Ele (Magela) foi como a raposa que é pega cheia de penas na boca e diz que não comeu a galinha. Fez um orçamento eleitoral com o objetivo de beneficiar o seu Estado, e Sergipe, que é o Estado do presidente da comissão", disse Caiado.

O líder convocou uma entrevista coletiva depois de, na última segunda-feira, Magela ter afirmado que por causa da exigência do DEM de transferir as emendas de relator para emendas de bancada, a Copa do Mundo de 2014 seria prejudicada.

Segundo Caiado, o DEM exigiu a mudança para tirar das mãos do relator a responsabilidade de distribuir cerca de R$ 3 bilhões contidos nas emendas do relator.

"Ele tentou buscar para si uma responsabilidade que não é dele, com o objetivo de poder negociar com os Estados de seu interesse para onde iria o dinheiro. O próprio ministro dos Esportes (Orlando Silva) já deixou claro que isso não vai prejudicar a Copa", disse o líder.

Dando seguimento a uma troca de ofensas iniciada no final do ano passado, Caiado subiu o tom e chegou a comparar Magela ao ex-deputado João Alves, que fez parte do escândalo dos Anões do Orçamento.

Procurado pela reportagem, Magela afirmou que toda a proposta orçamentária foi feita de forma transparente e disse que vai recorrer à Justiça contra as acusações de Caiado. "Tenho que buscar resposta na Justiça, não vou descer o nível do debate", disse.
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