Imprimir

Notícias / Cidades

"Amarelinho e rotatoriazinha é coisa de cidadezinha"

Da Redação - Sabrina Gahyva

O presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv-MT), Paulo Boscolo, criticou as administrações estaduais e municipais alegando que o contribuinte que compra veículo em Mato Grosso merece mais respeito. A justificativa da declaração é o fato do estado apresentar o quinto maior crescimento nacional de vendas e apresentar condições precárias na malha viária. “Aqui é uma história de rotatoriazinha, lombadinha, amarelinho... Costumo dizer que tudo que termina em ‘inho’ é coisa de cidadezinha”, disparou durante coletiva para divulgação do balanço de vendas em 2009.

O presidente explica que 42% do valor total de um carro é referente a impostos. Deste montante, entre 30% e 40% são referentes ao ICMS destinado ao Estado. Além disso, a aquisição de um automóvel proporciona ainda arrecadação por meio de tributos como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e Cide Combustíveis. Na ponta do lápis, um carro popular que custe em torno de R$ 25 mil é vendido, R$ 10,5 mil do valor representam encargos, sendo que R$ 4.200 são recolhidos pelo Estado.

Outro fator apontado por Boscolo para fortalecer sua crítica é o fato de que venda de veículos juntamente com a construção civil é um dos setores que mais arrecada ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) no Brasil. “Pelo tanto de carga tributária que o contribuinte paga deveria receber algo melhor em troca”, argumenta.

Em seguida, Boscolo compara a realidade mato-grossense com a do estado vizinho. “Estive na semana passada em Goiânia e lá tudo parece funcionar. São rodovias, avenidas amplas, o trânsito flui. Quando cheguei em Cuiabá fiquei até entristecido. Já passou da hora de construir pistas triplas e executar projetos que de fato resultem em melhorias. Temos tudo para ter solução de gente grande”, afirmou o presidente.

Imprimir