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Imunidade contra gripe H1N1 aumentou em alguns países, diz OMS

Reuters

Países do Hemisfério Sul atingidos pela gripe H1N1 no ano passado estão agora amplamente protegidos contra novas infecções, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) na sexta-feira.

Em sua mais recente avaliação sobre o vírus, a OMS assinalou que o pior da temporada de gripe talvez já tenha passado na maioria dos países do Hemisfério Norte, com os níveis de doença declinando em boa parte da Europa e da América do Norte, onde a pandemia surgiu.

O vírus H1N1 -- declarado pandemia global pela OMS em junho passado -- matou ao menos 12.799 pessoas. Mais da metade das mortes contabilizadas oficialmente, ao menos 6.880, ocorreu nas Américas, onde o vírus se tornou menos ativo, informou a OMS.

A atividade da doença atingiu o pico em outubro no México, EUA e Canadá, com as infecções por gripe agora abaixo dos parâmetros históricos sazonais, após um grande surto no outono e no início do inverno.

Nos países do Hemisfério Sul, onde o H1N1 se espalhou no ano passado, a OMS disse que o vírus da gripe disseminava-se agora com menos facilidade entre pessoas que já foram expostas a ele.

"Nas regiões temperadas do Hemisfério Sul, casos esporádicos da influenza pandêmica continuaram a ser registrados sem evidência de transmissão sustentada em comunidades", informou o organismo.

"Isso sugere que o nível de imunidade da população em áreas que vivenciaram uma transmissão intensa e de alto nível durante uma temporada de inverno é alto o suficiente para evitar a volta da transmissão sustentada durante o verão, quando o vírus é menos transmissível".

A OMS não disse se esses países estariam mais protegidos para o próximo inverno, a temporada que em geral os vírus da gripe se propagam com rapidez e facilidade.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse na semana passada que levaria entre seis e 12 semanas para que a primeira pandemia do século 21 completasse seu curso.

Ela afirmou que as mulheres grávidas, os jovens e as pessoas com problemas crônicos de saúde, como asma, devem continuar a tomar precauções especiais contra o vírus, contra o qual várias empresas, incluindo GlaxoSmithKline, Novartis e Sanofi-Aventis, criaram uma vacina.

A Mongólia é o primeiro país em desenvolvimento a receber doações de doses da vacina contra o H1N1, com 100 mil doses entregues ao país na quinta-feira, disse o porta-voz da OMS, Gregory Hartl, num comunicado à imprensa. O Azerbaijão deve receber 170 mil doses da vacina ainda na sexta-feira.

No total, seis laboratórios farmacêuticos e 14 países industrializados prometeram quase 190 milhões de doses para uso em 95 países em desenvolvimento, de acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), que exige que eles tenham planos de distribuição e um marco regulatório.
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