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Chefe militar diz que EUA devem provar que podem proteger afegãos

G1

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, afirmou hoje que até que o país prove que, com a ajuda dos aliados, pode proteger a população afegã, jamais haverá "um Afeganistão pacífico e próspero".

Em coluna de opinião que será publicada neste domingo no jornal "The Washington Post", Mullen afirmou que os "Estados Unidos podem enviar mais tropas".

"Podemos matar ou capturar todos os líderes do Talibã ou da Al Qaeda que encontrarmos, e devemos fazê-lo. Podemos varrer todos os santuários e eliminar o tráfico de drogas", acrescentou.

"Mas, até que provemos que somos capazes de proteger a população", não haverá paz no país, explicou Mullen.

O presidente americano, Barack Obama, disse durante sua campanha eleitoral, e reiterou desde que chegou à Casa Branca, que os Estados Unidos devem enviar pelo menos três brigadas aos mais de 30 mil soldados que estão atualmente no Afeganistão, país invadido por Washington em 2001.

Mullen argumentou que os Estados Unidos, além da ação militar, devem agir de forma a ganhar a confiança dos afegãos.

"Não importa quanto tentemos evitar que inocentes morram, e tentamos isso", acrescentou. "Não importa quão proporcional seja a força que desdobremos ou como atacamos. Não importa se o inimigo se esconde entre os civis", afirmou.

"O que importa são as mortes e a destruição que causam, e a expectativa de que poderíamos tê-las evitado", acrescentou Mullen.

"Se a confiança da população for perdida, perdemos a guerra", continuou. "A revisão de estratégia para o Afeganistão reconhece isto, e procura enfoques militares, econômicos, políticos e diplomáticos para reconquistar essa confiança". EFE
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