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Ciência tem saída para rubor de orientais ao beber, afirma pesquisa

AE

Além do efeito 'cromático', o consumo de álcool por asiáticos, população em que predomina inatividade de uma enzima no fígado, aumenta cem vezes o risco de câncer do esôfago (Foto: Fred Dufour / AFP 5-10-2006)

Muita gente já viu um amigo de ascendência asiática ficar vermelho depois de tomar cerveja. O rubor é causado por uma enzima inativa no fígado. O que poucas pessoas sabem é que, além do efeito cromático, o consumo de álcool por quem possui a mutação aumenta cem vezes o risco de câncer do esôfago.

Diante do problema, o NIH - agência norte-americana de saúde - resolveu investir um bom dinheiro para descobrir alguma substância capaz de reativar a enzima ALDH2. Ontem, a revista científica "Nature Structural and Molecular Biology" publicou um artigo para descrever a estrutura do composto tão esperado, batizado de Alda-1.
Cerca de um bilhão de pessoas no mundo têm a forma inativa da ALDH2

As informações são do repórter Alexandre Gonçalves, do jornal "O Estado de S. Paulo".
A maioria vive no leste asiático, onde 40% da população tem a enzima defeituosa

Kenneth Warren, do NIH, afirma que a agência continuará apoiando pesquisas para levar a descoberta das bancadas do laboratório às estantes das farmácias. "Terá um grande impacto na saúde pública", disse. Cerca de um bilhão de pessoas no mundo têm a forma inativa da ALDH2. A maioria vive no leste asiático, onde 40% da população possui a enzima defeituosa.
Molécula recém-descoberta Alda-1 liga-se à estrutura da ALDH2 inativa e repara seu funcionamento

Metabolismo

Depois de ingerido, o álcool desce ao intestino, de onde passa para o sangue. Chega a quase todos os tecidos do corpo e, por fim, é filtrado no fígado. O órgão transforma-o em acetaldeído e, depois, em ácido acético.

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