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Brasil expressa "profunda consternação" por morte de chefes de ONU no Haiti

Terra

O Governo do Brasil manifestou neste sábado sua "profunda consternação" pela morte do chefe da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah), o tunisiano Hédi Annabi, e de seu adjunto, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, vítimas do terremoto da terça-feira.

Annabi e Costa estavam desaparecidos desde o dia do devastador terremoto e sua morte foi confirmada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

"Luiz Carlos da Costa, que tinha 60 anos, dedicou sua vida à causa da paz, aliando sólida experiência diplomática à sensibilidade necessária para lidar com os desafios típicos das situações de conflito", assinalou a Chancelaria brasileira em comunicado, divulgado na noite deste sábado.

Os máximos responsáveis da missão da ONU no Haiti estavam na sede da Minustah em Porto Príncipe, conhecida como Hotel Christopher, que ficou completamente destruído pelo tremor de 7 graus de magnitude na escala aberta de Richter.

Com Annabi e Costa morreu também o chefe interino da Polícia da ONU no Haiti, o canadense Doug Coates, segundo confirmou Ban.

O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 14 militares do país que participavam da Minustah, morreram em consequência do terremoto.

A brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor.

Outros quatro militares brasileiros continuam desaparecidos e vários ficaram feridos.

Costa é o segundo diplomata brasileiro de alta categoria que morre ao serviço das Nações Unidas, pois em agosto de 2003 o enviado especial da ONU ao Iraque, Sérgio Vieira de Mello, morreu em um atentado terrorista contra a sede do organismo em Bagdá.
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