Apesar de ter contratado seis reforços para a temporada, a principal aposta da diretoria do São Paulo é um remanescente de 2009. Que, para piorar, nem sequer entrará em campo durante o ano.

Ricardo Gomes, que neste domingo estreará no Paulista, completará, no fim do mês, sete meses no comando do São Paulo.

Mas, para a cúpula tricolor, só a partir de agora o treinador terá liberdade para armar o time segundo suas convicções --e também poderá ser cobrado caso o desempenho não atinja as expectativas.

Isso porque, no ano passado, os dirigentes dizem que o técnico não teve escolha a não ser manter o esquema de jogo implantado por Muricy Ramalho, seu antecessor no cargo.

"Não acho que tenha mudado algo nas cobranças. Já cheguei aqui com muita responsabilidade", discorda o treinador.

Elogiado pela diretoria tanto por ter recuperado o time no Brasileiro-2009 como pelo comportamento discreto, Ricardo Gomes teve amplo espaço na contratação dos reforços e no planejamento do ano.

Na pré-temporada, a influência do treinador também foi visível. O São Paulo abandonou o 3-5-2 e utilizará o 4-4-2, esquema que o técnico tentou implantar, sem sucesso, após sua chegada ao Morumbi.

"Agora temos tempo para nos adaptarmos à nova forma de jogar. Posso fazer mais experiências", disse Ricardo Gomes, que fará um rodízio no Paulista.

Neste domingo, contra a Portuguesa, jogo em que o São Paulo atuará com sua camisa sem patrocinador, por conta do fim do acordo com a LG, serão escalados os considerados titulares.

Porém, na quarta-feira, contra o Mirassol, nem mesmo o goleiro Rogério está garantido.