Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) nas contas da Fundação José Sarney apontou fraudes na execução de um projeto de R$ 1,3 milhão patrocinado pela Petrobras. A informação foi publicada na edição desta segunda-feira (18) no jornal O Estado de São Paulo. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirma não ter participação na administração da entidade e disse esperar esclarecimentos da Fundação.

Segundo o jornal, a CGU acusa a entidade de uso de notas frias e outras com divergências de valores, do uso de empresas fantasmas e de fachada, de contratações irregulares, ausência de comprovação de serviços, entre outras irregularidades.

Os recursos do contrato com a Petrobras seriam destinados à preservação do acervo e à modernização dos espaços físicos da entidade, em São Luís. A CGU, no entanto, verificou que R$ 129 mil foram desviados para custear despesas de custeio da fundação, como energia, impostos e refeições. Segundo o jornal, o relatório foi enviado na semana passada ao Ministério da Cultura, intermediário do patrocínio.

De acordo com O Estado de São Paulo, os auditores estiveram em São Luís (MA) e constataram que a Fundação José Sarney apresentou, em sua prestação de contas, notas fiscais de empresas com endereços falsos.

Em nota divulgada nesta tarde, a assessoria do presidente do Senado reafirmou que ele não participa da administração da Fundação que leva seu nome. “(Sarney) Nunca teve participação na administração da Fundação, sendo apenas seu presidente de honra. O senador espera que a diretoria da instituição dê os esclarecimentos necessários sobre o projeto de patrocínio em foco, e, caso seja procedente qualquer acusação, que os responsáveis sejam punidos na forma da lei”.