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Lula faz reunião ministerial para discutir criação do PAC 2 em ano eleitoral

Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza na próxima quinta-feira a primeira reunião ministerial de seu último ano de governo. Segundo o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), no encontro, o presidente Lula deve tratar da manutenção das medidas econômicas que fizeram o país enfrentar a crise financeira internacional, da criação do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) e da continuidade dos programas sociais.

Apesar de negar oficialmente que as eleições de outubro serão discutidas, esses temas previstos para a reunião terão impacto significativo na disputa eleitoral e poderão influenciar diretamente a virtual candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial.

O ministro afirmou que Dilma deve apresentar a linha do PAC 2, que prevê ações para regiões metropolitanas, como saneamento e mobilidade urbana, além de medidas de inovação tecnológica.

"O tema eleição não é para ser tratado. Esse tema é das direções partidárias. O foco é o lançamento do PAC 2. A ministra Dilma Rousseff vai apresentar as diretrizes gerais para o lançamento em março. É preciso ter garantias do ritmo de investimento público em 2011", afirmou.

Padilha negou que a saída dos ministros que pretendem concorrer às eleições também seja abordada na reunião. O ministro disse, no entanto, que a orientação é para que o ritmo de trabalho seja mantido até abril, quando vence o prazo de desincompatibilização para os ministros.

"O presidente já avisou que quem quiser sair que mantenha as ações até o último dia. Ser candidato não é motivo para que não se intensifique as ações no último ano", disse.

Pelos menos 16 dos 37 ministros já mostraram interesse em disputar cargos no Legislativo e nos Executivos estaduais, incluindo a ministra da Casa Civil, que é pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.

Segundo interlocutores do presidente, a orientação é para que as vagas dos ministros-candidatos sejam preenchidas por secretários-executivos, que estão familiarizados com a rotina das pastas.

A maior preocupação do presidente é em relação ao substituto de Dilma. Os nomes dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Celso Amorim (Relações Exteriores), além das auxiliares mais próximas da ministra, como a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, e a subchefe de Avaliação e Monitoramento, Miriam Belchior, estão sendo avaliados.
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