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Câmara e Pronto Socorro de Várzea Grande estão em situação irregular

Da Redação - Jardel Arruda

Recém-confirmado como secretário de Habitação e Regularização Fundiária de Várzea Grande, Benedito Gonçalo de Figueiredo, conhecido como Dito Loro, já sabe qual o primeiro desafio da nova pasta: regularizar a situação fundiária de vários terrenos da própria Prefeitura.

“É até engraçado, mas é a verdade. Vários imóveis da prefeitura ainda precisam ser regulados, entre eles a Câmara de Vereadores”, revelou o secretário, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto. Outro imóvel em situação irregular é a Fundação da Saúde, onde funciona o Pronto-Socorro Municipal.

Segundo Dito Loro, esses dois casos, apesar de serem os mais emblemáticos, não são os únicos. O motivo de tantos terrenos públicos fora da regularidade ‘total’, é a antiga facilidade que existia para atropelar os trâmites legais para se desapropriar uma área.

“O prefeito chegava a um bairro e dizia: ‘Vou usar esse terreno para trazer um posto de saúde e depois pago a desapropriação’, ou então ‘Vou construir uma escola para a região’, e o dono do terreno cedia”, explicou o secretário.

Contudo, raramente eram cumpridos os trâmites para a desapropriação e, às vezes, mesmo quando cumpridos, os valores não eram pagos. “É o caso do Pronto-Socorro, por exemplo. Lá foi feita a desapropriação, mas o valor continua pendente”, salientou.

De acordo com Dito Loro, boa parte dos precatórios da Prefeitura de Várzea Grande, que chegam à cifra de R$ 90 milhões, é oriunda de problemas com terrenos sem regularização fundiária.
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