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Reajuste salarial no STF divide opinião de líderes

AE

A votação do projeto de reajuste do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) divide os partidos na Câmara. Apesar das pressões do Supremo, não há data para o projeto chegar ao plenário. De acordo com o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), essa decisão será tomada no colégio de líderes, que reúne partidos do governo e da oposição.

A proposta encaminhada em 2006 propunha aumento dos atuais R$ 24.500 para R$ 25.725, considerando 5% de reajuste referente à inflação de 2006. O aumento entraria em vigor em de janeiro de 2007. Como o projeto não foi votado, a discussão agora é de um reajuste para R$ 27.716. Projeto similar prevê o mesmo reajuste para o procurador-geral da República. Tanto num caso como no outro o aumento teria efeito cascata, atingindo todos os patamares das carreiras do Judiciário e do Ministério Público.

O líder do PSDB, José Aníbal (SP), não considera prudente votar projetos que acarretem aumento dos gastos num momento de crise financeira. “Não vejo nenhuma oportunidade”, disse ele. “O momento é de investir e preservar empregos.” Ainda segundo o líder tucano, se for feita uma comparação com outros países será possível notar que o Judiciário no Brasil, assim como o Legislativo, é muito bem remunerado.

O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), já anunciou que ficará contra a votação do projeto se o assunto for à reunião de líderes. “Toda e qualquer matéria que venha propor aumento de salário é inoportuna no momento de crise”, disse. A questão divide opiniões. O líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza (SP), é a favor da aprovação do reajuste. Para ele, a crise não pode servir de argumento para reduzir salários. “Temos de mexer nos lucros”, argumentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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