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Pressionado pelo PPS, Alírio Neto deve deixar a presidência da CPI na Câmara do DF

Folha Online

A CPI da Corrupção da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que investiga o suposto esquema de pagamento de propina que envolve a cúpula do governo local, pode trocar de comando. Pressionado pelo PPS a atuar contra o governador José Roberto Arruda (sem partido), o atual presidente da CPI, Alírio Neto (PPS), pode deixar o cargo.

Nesta terça-feira, Alírio oficializou a saída do bloco que formava com o PMDB e que lhe garantiu a indicação para a comissão de inquérito. Como a vaga é do bloco, os peemedebistas devem reivindicar o posto e entregar o comando das investigações para o deputado Geraldo Naves (DEM), também alinhado com o governador.

Os três peemedebistas: Eurides Britto, Roney Nemer e Benício Tavares estão citados no inquérito do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que investiga o caso e estariam impedidos de assumir a presidência da CPI. Geraldo Naves afirmou que foi sondado pelos peemedebistas. "Existe uma conversa nesse sentido", disse.

Alírio disse que não vai polemizar a questão e que o bloco tem direito de requerer a vaga. "Se for o desejo do bloco, não há o que fazer", disse.

Alírio responde a processo disciplinar interno no PPS. Na semana passada, ele irritou integrantes do partido ao aproveitar uma decisão da Justiça para anunciar o fim das investigações, o que indiretamente beneficiaria o governador. Com a abertura de processo disciplinar, Alírio mudou de postura e de discurso.

Com o auxílio da líder do DEM, Eliana Pedrosa, ele foi ontem ao plenário negar que tenha feito uma manobra para encerrar a CPI e cobrou o afastamento de Arruda do governo até o fim das investigações.

Alírio, que é ex-secretário de Justiça do governo Arruda, teme perder a legenda e ficar impedido de disputar as eleições de outubro, uma vez que a Justiça Eleitoral exige que o candidato esteja filiado até um ano ates da corrida eleitoral.
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