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Notícias / Ciência & Saúde

Doenças ‘tropicais’ são comuns em moradores do Ártico, diz pesquisa

New York Times

Alguns tipos de infecções por vermes e protozoários, qualificadas como doenças tropicais negligenciadas, também são comuns entre povos do Ártico, segundo pesquisa recente publicada no periódico “PLoS Neglected Tropical Diseases”.

Epidemias de triquinose, uma doença de vermes larvais normalmente associada à ingestão de carne de porco crua, também ocorrem entre pessoas que comem carne infectada de ursos polares e carne de morsa, e o Ártico abriga uma espécie única do verme capaz de sobreviver a temperaturas abaixo de zero. Uma infecção leve causa náuseas e dores de estômago; as mais graves podem levar à morte.

No Alasca existem casos humanos esporádicos de uma tênia do peixe conhecida como difilobotríase. No Ártico, o ciclo de contágio da equinococose – uma doença que preenche o pulmão ou o fígado de cistos capazes de esmagar os vasos sanguíneos – envolve renas, alces, lobos e cachorros domesticados. A doença está diminuindo no Alasca e no Canadá, onde as motos de neve estão substituindo os cães de trenó, mas ainda é comum na Sibéria e no norte da Rússia.

A toxoplasmose, uma ameaça especial a mulheres grávidas, também ocorre no Ártico, embora suas origens sejam misteriosas. Incomum em gatos domésticos, ela pode ser associada aos linces selvagens, mas parece ser contraída com a ingestão de carne de rena e de foca.
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