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Notícias / Política MT

Transferência da Amaggi não teve motivação política

De Rondonópolis - Dayane Pozzer

Durante sua passagem por Rondonópolis, no último final de semana, o governador Blairo Maggi também falou sobre a transferência do Grupo Amaggi para Cuiabá. De acordo com o político e empresário, a decisão não tem qualquer motivação política e se deu exclusivamente por questões comerciais, principalmente de logística.

Maggi ressaltou que a maioria dos grandes grupos econômicos brasileiros, à medida que crescem, opta por migrar para grandes cidades, principalmente São Paulo. Disse ainda que Cuiabá foi escolhida porque a cidade apresenta condições de abrigar a empresa, sem que haja a necessidade do grupo sair do Estado de Mato Grosso.

O governador fez questão de dizer que apenas parte da empresa está em processo de mudança para a capital e que Rondonópolis continuará com um escritório do grupo. “Não é que você não gosta da cidade. Seu eu pudesse, deixaria tudo aqui, meus diretores todos moram aqui, têm amigos, têm casa, as crianças estão na escola. Uma mudança dessas é um transtorno muito grande, mas ela tem de acontecer”, pontuou.

Blairo apontou a logística como um dos grandes problemas que podem impedir o melhor desenvolvimento da empresa. Citou que Rondonópolis tem apenas um voo diário e que há dificuldade em receber pessoas de fora que precisam se reunir com a direção do grupo, constantemente. “Parte do grupo está sendo locomovida para Cuiabá em função dessas melhores condições de logística para as pessoas poderem ir e vir para conversar conosco também”, enfatizou.

A situação da rodovia BR 364 também é uma questão que, de acordo com Blairo, dificulta a logística e a comunicação do grupo com seus clientes e fornecedores. “A rodovia também nos coloca muito medo”, falou.

"O Estado de Mato Grosso se desenvolveu muito para a Região Norte, na agricultura, no comércio. E a cidade de Cuiabá acabou sendo um polo que irradia todas essas questões comerciais. Os órgãos de governo e o Judiciário, por exemplo, são instâncias de poder com os quais precisamos estar constantemente conversando”, disse.
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