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Indefinição do candidato da oposição em SP prejudica palanque de Dilma, avalia PT

Folha Online

A indefinição do candidato da oposição ao governo de São Paulo poderá prejudicar a campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República no Estado. A avaliação é do presidente do PT paulista, Edinho Silva, que defende mais rapidez no processo de escolha do nome que vai disputar as eleições pela oposição.

"A ausência de uma liderança fragiliza o processo, e essa indefinição do quadro vai prejudicar a candidatura de Dilma em São Paulo. Será difícil percorrer o Estado sem um palanque forte. Se protelar muito [a escolha do candidato], vai começar a enfraquecer o palanque de Dilma", afirmou Edinho.

O PT de São Paulo tem pelo menos três pré-candidatos ao governo do Estado, mas também trabalha com a possibilidade de apoiar o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que prefere disputar o Palácio do Planalto.

Ontem, o cenário no Estado ficou mais indefinido com a desistência do deputado Antonio Palocci (PT-SP) de concorrer ao governo. Em reunião com a Executiva Estadual do PT, Palocci avaliou que este não é o melhor momento para participar da disputa, mas se colocou à disposição do partido para ajudar na campanha de Dilma à Presidência da República. Na conversa, o deputado disse que prefere se candidatar à reeleição.

O PT tem como pré-candidatos o ministro Fernando Haddad (Educação), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT). Outros nomes cotados são a ex-ministra Marta Suplicy (Turismo) e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

Outra pré-candidatura ainda em avaliação pela oposição é a do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, que se filiou ao PSB no ano passado com pretensões eleitorais.

Mas alguns petistas avaliam que o melhor para a oposição e para a candidatura de Dilma é lançar um nome que tenha experiência eleitoral. A avaliação é que um nome que já conhece o Estado facilitaria a construção de uma tática eleitoral para o palanque de Dilma.

"Porém, se nós formos ágeis e definir o candidato nos próximos 30 dias, teremos condições de construir um bom palanque. Mas se deixarmos para março, ficará mais difícil, porque os partidos estão se movendo", afirmou Edinho.

Como forma de definir a situação no Estado, dirigentes de oito partidos da oposição em São Paulo --PSB, PT, PDT, PC do B, PTC, PRB, PSC e PTN-- irão se reunir com Ciro Gomes na próxima semana para discutir a candidatura do parlamentar ao governo paulista. O encontro está marcado para o próximo dia 12, em São Paulo.

Os partidos acertaram que Ciro é um nome de consenso para o governo paulista. Outro ponto positivo é que, juntos, os partidos teriam mais de nove minutos de propaganda eleitoral na TV.
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