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Projeto Justiça Interventivaexpande sua atuação
Da Assessoria
A Comarca de Chapada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá), jurisdicionada pelo juiz Eduardo Calmon de Almeida Cezar, deu mais um passo no sentido de integrar o Poder Judiciário com a comunidade local e iniciou, no final de janeiro, uma nova etapa do projeto Justiça Interventiva. No último dia 22 foi formado o Grupo de Apoio Psicossocial com Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, que continua em franca expansão sob coordenação do Departamento Psicossocial do Fórum. O grupo está aberto a receber novos integrantes.
“Essa nova etapa do Justiça Interventiva tem por objetivo integrar o Judiciário à realidade comunitária. É uma nova forma de interagir realmente com a comunidade. E a violência doméstica é um problema de todo o Brasil, que não deixa de acontecer em Chapada. As próprias pessoas afetadas pela violência doméstica passarão a fazer parte do judiciário como colaboradores”, explicou o magistrado.
Esta iniciativa destina-se a atender a população economicamente vulnerável, que poderá participar do grupo com a oportunidade de receber apoio, orientação e suporte emocional por parte da equipe, composta pela psicóloga Roberta Batista e pela assistente social Frankielle Aline.
Segundo a psicóloga, a iniciativa busca despertar a auto-estima das participantes, “orientando na solução dos conflitos familiares presentes na vida dessas esposas, mães, profissionais, enfim, da mulher com seus conflitos e possibilidades”. O trabalho nos grupos de apoio, explicou, não visa apenas abordar a violência doméstica, mas tratar das questões diversas existentes no universo feminino, prestando suporte emocional e social.
O projeto Justiça Interventiva, elaborado pela Comarca de Chapada dos Guimarães, teve início em maio de 2009 com a implantação do Circuito Antidrogas nas escolas estaduais e municipais da cidade. O circuito foi desenvolvido através de apresentações da peça teatral Leilão de Adolescentes, tendo sido dirigido pelo Departamento Psicossocial com apoio voluntário de membros da comunidade local. A peça mostrou os efeitos nocivos do uso de drogas e também da violência.
“Essa primeira etapa resultou numa série de eventos positivos, como, por exemplo, a aprovação de projeto de lei municipal com objetivo de criar oficinas de trabalho para adolescentes infratores, facilitando a reinserção social e o afastamento das drogas. Foi um trabalho que conseguiu comover as pessoas. Agora, essa lei precisa ser efetivada”, finalizou o juiz diretor do Foro de Chapada.
As mulheres interessadas em fazer parte do grupo de apoio podem procurar o departamento psicossocial para obter mais informações. O telefone da Comarca de Chapada dos Guimarães é (65) 3301-1236.