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'Tem gente que vai ficar doida de raiva', diz Lula sobre inaugurações de obras

G1

Nesta quarta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer que não irá interromper a rotina de viagens devido à crise hipertensiva que teve na semana passada.

Durante a inauguração do Gasoduto Cabiúnas-Reduc III (Gasduc III), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o presidente afirmou que vai continuar inaugurando obras e disse que isso vai deixar alguns "doidos de raiva".

“Uma coisa de que me orgulho é minha pressão, que é de 11 por sete todo dia. Quando ela está mal, está 12 por sete. Foi um problema que aconteceu (...) quem esperava que eu ia ficar sentado em Brasília pode tirar o cavalo da chuva porque nós vamos inaugurar obras este ano que tem gente que vai ficar doida de raiva. Pena que a Dilma não vai poder ir comigo inaugurar obra”, afirmou o presidente.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, deverá concorrer à Presidência da República pelo PT. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministros que quiserem concorrer a cargos públicos terão até o dia 3 de abril para deixar os cargos.

Há duas semanas, Lula disse que o governo irá inaugurar o "máximo de obras possível" até o fim de março. A declaração gerou uma representação da oposição no TSE pela acusação de propaganda antecipada.

Calor

Lula reclamou do calor e, em tom de brincadeira, se dirigiu ao presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, dizendo que não havia ventiladores e água suficientes no local.

"Eu deveria estar aqui parecendo um presidente e estou mais parecido com um pintinho que caiu dentro de uma caixa d'água. A Petrobras está tão mão de vaca que eu vou denunciar você Gabrielli para o Tribunal de Contas da União", disse, diante dos risos da plateia.

Mais sério, o presidente criticou o que apontou como falta de compromisso de outros governantes com obras de saneamento básico e citou as conseqüências disso para a população, como desabamentos de encostas e enchentes.

“O que estamos fazendo agora é um processo de reparação daqueles que governaram nos últimos 20, 30 anos que deixaram que as pessoas morassem na beira das encostas. O prefeito tem que ter a coragem de ir lá e impedir a ocupação de uma área irregular e arrumar outro lugar. Estamos reparando o acúmulo de desmando dos últimos anos”, disse, se referindo aos casos de enchentes e desabamentos causados pelas chuvas em São Paulo, Belo Horizonte e Angra dos Reis.
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