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Polícia de GO continua à frente do caso de adolescentes desaparecidos em Luziânia

ABr

Depois de receber um requerimento em defesa da participação da PF (Polícia Federal) no caso de seis adolescentes desaparecidos em Luziânia (GO), o secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, afirmou nesta quinta-feira que, por enquanto, a Polícia Civil do Estado vai permanecer nas investigações. O documento foi entregue por integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes.

Barreto disse ter conversado com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Ernesto Roller. "Ele agradeceu [a ajuda federal], mas disse que a Polícia Civil está muito envolvida e que não vê necessidade [da participação da PF nas investigações]". Segundo Barreto, o pasta e a secretaria acertaram que vão em entrar em contato a qualquer momento, se a situação mudar.

O secretário executivo do ministério afirmou que o desaparecimento dos seis adolescentes em Luziânia preocupa e que vai acompanhar de perto as investigações. Pela manhã, ele recebeu as mães dos meninos, que devem voltar a Brasília para uma nova reunião.

"O ministério não está intervindo, mas está acompanhando. Também estou à disposição dos parlamentares para atendê-los", disse, ao se referir aos membros da CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes.

Caso

Investigações preliminares apontam que os jovens, com idades entre 13 e 19 anos, não têm envolvimento com crimes ou drogas. O primeiro desaparecimento aconteceu no dia 30 de dezembro, quando Diego Alves Rodrigues, 13, não voltou para casa após a ida a uma oficina mecânica.

Depois disso, sumiram Paulo Victor Vieira Lima, 16, George Rabelo dos Santos, 17, Divino Luiz Lopes da Silva, 16, e Flávio Augusto Fernandes dos Santos, 14, e Márcio Luiz Lopes, 19.

O delegado regional de Luziânia, José Luiz Martins Araújo, diz que a polícia não tem uma linha de investigação específica e trabalha com hipóteses que vão da fuga dos adolescentes de casa até sequestro. Antes, a polícia chegou a falar em cooptação para trabalho escravo e tráfico de órgãos.
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