Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

Escola abandonada vira foco de dengue e ponto de droga

De Barra do Garças - Ronaldo Couto

A famosa escola Dom Bosco, em Barra do Garças, instituída pelos padres e posteriormente assumida pelo governo do Estado, é um duro retrato do abandono, servindo como foco de dengue e ponto de drogas.
 
Moradores vizinhos da escola protestaram contra a situação do prédio, que está com vidros quebrados, salas sujas e vários buracos nas telas, permitindo a entrada de vândalos. O morador Rafael da Silva explicou que delinquentes aproveitam a ausência de vigias e adentram o prédio para usar drogas e fazer sexo. Os banheiros quebrados e algumas salas abertas são utilizados para consumo de drogas através de cachimbos artesanais feitos de latinhas pelos adolescentes.

Outro motivo de indignação dos moradores é com relação à sujeira da escola, que atrai animais peçonhentos, ratos e principalmente se torna um foco de dengue. Segundo Rafael, no mesmo setor da escola já foram notificados nove casos de dengue. “Eu já peguei e minha filha também. A escola está fechada, mas pelo menos deveria ser limpa”, criticou.

De acordo com os moradores, são vários os focos de dengue em garrafas PET, pneus, lixo e mato dentro da escola. Entre os casos da doença, uma jovem de 16 anos, acamada, mora em frente à escola.

A escola Dom Bosco foi desativada em 2007 pelo governo do Estado com a promessa de que seria transformada num centro profissionalizante ou até mesmo numa faculdade. Todavia o projeto parou. Com o fechamento da escola, foi aberta a polêmica sobre a quem pertenceria o prédio. O Estado diz que o prédio seria da Missão Salesiana da Igreja Católica, mas a coordenação da missão alega que o colégio pertence ao Estado e que havia uma dívida de quase R$ 5 milhões do Estado com a Igreja pelo tempo de ocupação do prédio.

Os educadores do município de Barra do Garças já entregaram um documento ao vice-governador Silval Barbosa e ao deputado estadual Adalto de Freitas cobrando a reforma do prédio e propondo instalar naquele lugar um campus da Universidade Estadual de Mato Grosso(Unemat), que não tem sede no município. A proposta seria uma forma de aproveitar o prédio e minimizar o fim trágico que teve a escola Dom Bosco.
Imprimir